A probabilidade de o asteroide 2024 YR4 atingir a Terra em 2032 foi reduzida de 3,1% para 1,5% em apenas dois dias, segundo novas medições da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 20.
De acordo com a Nasa, o asteroide está classificado no nível 3 da escala de Torino, que avalia o risco de impacto considerando a energia liberada em possíveis colisões dentro de um período de até 100 anos. Embora a chance de impacto seja baixa, o protocolo de defesa planetária foi ativado.
A escala de Torino varia de 0 a 10. No nível mais baixo, o risco é insignificante ou o objeto não é grande o suficiente para atravessar a atmosfera. Já no nível 10, a colisão é inevitável e pode ter consequências catastróficas em escala global.
Asteroides como o 2024 YR4 geralmente apresentam redução nas probabilidades de impacto conforme novos dados são analisados. As áreas com maior possibilidade de serem afetadas incluem a América do Sul, especialmente Equador, Colômbia e Venezuela, além do Oceano Atlântico, África, Iêmen, Omã, Índia e Bangladesh.
O que se sabe sobre o asteroide
O tamanho exato do 2024 YR4 ainda não foi determinado, mas estimativas indicam que ele pode ter entre 40 e 90 metros de diâmetro, com altura comparável a um prédio de 18 andares. Apesar das incertezas, cientistas afirmam que não há motivo para pânico.
Caso o asteroide entre na atmosfera, o impacto dependerá do seu tamanho e composição. Se cair no oceano, dificilmente causaria um tsunami significativo. Caso atinja uma região habitada, um asteroide menor, entre 40 e 60 metros, poderia quebrar janelas e causar danos estruturais leves. Já um asteroide maior, com cerca de 90 metros, teria potencial para destruir construções residenciais e afetar áreas mais amplas.
A possibilidade de desviar o 2024 YR4 ainda não está em estudo, pois as chances de impacto são baixas e devem diminuir com novas observações. No entanto, a Nasa destaca que missões como a Double Asteroid Redirection Test (DART), que utilizam espaçonaves para alterar a trajetória de asteroides, podem ser uma opção em casos futuros.