O chanceler criticou a proposta de Trump de retirar palestinos de Gaza e defendeu a saída ‘completa’ de tropas israelenses, durante um encontro do G20. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, expressou sua preocupação com a recente sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remover os palestinos da Faixa de Gaza, afirmando que, para o Brasil, são as tropas israelenses que precisam deixar a região.
As declarações de Mauro Vieira foram feitas durante a 1ª Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20, realizada em Joanesburgo, na África do Sul. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, em outubro de 2023, o governo brasileiro estima que mais de 47 mil palestinos e 1,2 mil israelenses tenham morrido em decorrência dos conflitos, incluindo civis inocentes, mulheres e crianças.
O ministro fez um apelo a todas as partes envolvidas para a implementação rigorosa do acordo de cessar-fogo e espera que isso resulte na retirada completa das forças israelenses de Gaza, na libertação de reféns e no acesso irrestrito à ajuda humanitária. Ele ressaltou a importância da solução de dois estados e criticou a proposta de expulsar toda a população de Gaza, indo contra os princípios do direito internacional.
Além disso, Mauro Vieira abordou a guerra entre Rússia e Ucrânia, ressaltando a necessidade de ouvir todas as partes envolvidas para alcançar a paz. Ele enfatizou a importância do diálogo e de uma solução negociada, apelando pelo fim do conflito e acredita que a paz duradoura só pode ser alcançada por meio da diplomacia. O Brasil reconhece a necessidade de incluir ambos os lados do conflito na mesa de negociações.
Diante das ações militares promovidas por Israel, o governo brasileiro tem questionado publicamente os limites éticos e legais, com críticas que resultaram em uma crise diplomática entre Brasil e Israel. Mauro Vieira defende a importância de evitar qualquer forma de limpeza étnica, conforme declarado pelo secretário-geral da ONU. O chanceler ressalta a relevância de soluções pacíficas e inclusivas para conflitos internacionais.
