Karl Max Enock Ramos da Silva, 54 anos, chefiou cozinhas de hotéis cinco estrelas e serviu celebridades. Atualmente, ele recebe clientes na Praça da Bíblia, no P. Norte, com pratos de qualidade a preços populares.
Chef Karl Max usando a técnica de flambagem para preparar o macarrão gourmet. — Foto: Guilherme Chaves/de
Karl Max Enock Ramos da Silva, 54 anos, é um chef que já esteve à frente de cozinhas de hotéis cinco estrelas onde serviu a “alta sociedade”. Entre os que experimentaram a comida do brasiliense estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José de Alencar, Yoko Ono, Matheus Nachtergaele, Lázaro Ramos, Malu Mader e Tony Bellotto.
Quando passou um período desempregado decidiu, com a esposa, abrir uma tenda para vender comida em uma rua de Ceilândia, no Distrito Federal, onde mora há 35 anos. “Já cozinhei para os dois mundos”, diz o chef.
Na “Tenda do Chef” Karl Max vende pratos com preços populares. “O nosso intuito é trazer uma comida de qualidade para a comunidade que não tem acesso aos hotéis cinco estrelas que eu cheguei a chefiar, com um preço justo e acessível”, diz Karl Max.
Em 1994, Karl tinha 24 anos e dava aulas particulares de matemática em Ceilândia. Um tio dele o convidou para levar um currículo em um restaurante que estava para inaugurar em Brasília, o Maison de France, do chef francês Dominique Gerard. O jovem largou as aulas de matemática e passou a limpar o chão e lavar as panelas da cozinha de Dominique.
Quando o chef estava de folga, os cozinheiros o colocavam na cozinha “treinar”, e as habilidades de Karl chegaram aos ouvidos do chef francês que se tornou seu mentor. O jovem que diz que “mal fritava um ovo em casa”, começou a se destacar e o chef Dominique pediu ele tomasse conta do restaurante. Por dois anos ele chefiou o local onde servia ministros, deputados e senadores.
Após fechar o Maison de France, Dominique conseguiu um emprego para Karl no renomado Hotel Nacional, um dos primeiros de Brasília. Lá o chef era o suíço Michel Reymond que, ao perceber o talento do jovem com os pratos, com o público e com a equipe o promoveu a sub-chef de cozinha. Karl Max recebeu então o que chama de “um convite irrecusável” para chefiar a cozinha do restaurante La Fontaine, no Carlton Hotel. Aceitou a proposta e passou seis anos chefiando a cozinha.
Em 2015, o chef Karl foi demitido do restaurante La Fontaine. Para não ficar sem trabalho, em 2016, sua esposa teve a ideia de vender comida na rua. Eles começaram vendendo churrasco grego e escolheram a Praça da Bíblia, em Ceilândia, por ser perto de casa. Depois de um tempo, eles perceberam que o churrasco grego estava “batido” e começaram a vender pratos mais refinados, como massas gourmet e arroz à grega.
A Tenda do Chef Karl Max se popularizou e logo pessoas de várias partes de Brasília estavam indo até a Praça da Bíblia experimentar o cardápio. “O nosso intuito é trazer uma comida de qualidade para a comunidade que não tem acesso aos hotéis cinco estrelas que eu cheguei a chefiar, com um preço justo e acessível”, diz Karl Max.
Na “Tenda” – COMO TUDO COMEÇOU … – Karl vende comidas de alta gastronomia com preço popular em Ceilândia.
Em 1994, Karl tinha 24 anos e dava aulas particulares de matemática em Ceilândia. Um tio dele o convidou para levar um currículo em um restaurante que estava para inaugurar em Brasília, o Maison de France, do chef francês Dominique Gerard. O jovem largou as aulas de matemática e passou a limpar o chão e lavar as panelas da cozinha de Dominique.
Na “Tenda” – COMO TUDO COMEÇOU … – Karl vende comidas de alta gastronomia com preço popular em Ceilândia.
Em 1994, Karl tinha 24 anos e dava aulas particulares de matemática em Ceilândia. Um tio dele o convidou para levar um currículo em um restaurante que estava para inaugurar em Brasília, o Maison de France, do chef francês Dominique Gerard. O jovem largou as aulas de matemática e passou a limpar o chão e lavar as panelas da cozinha de Dominique.
Por fim, Karl Max diz que “sofre um pouco por causa do nome”. Nas redes sociais, ele recebe muitos comentários sobre Marx, alguns criativos, outros maldosos, mas diz que não se importa. “Levo muitas vezes na brincadeira, acho até engraçado alguns comentários”, diz Karl Max.