Chefe da facção Povo de Israel, Alvinho morre de câncer após condenação de 46 anos

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Alvinho, líder da facção Povo de Israel e condenado a 46 anos de prisão, falece de câncer em hospital do Rio

No início deste ano, Avelino Gonçalves Lima, conhecido como Alvinho, de 54 anos, recebeu o diagnóstico de câncer já em estágio avançado, com metástase para pulmões, fígado e intestino.

O traficante Avelino Gonçalves Lima, o Alvinho, de 54 anos, chefe da organização Povo de Israel, que havia sido sentenciado a 46 anos de prisão por crimes como homicídio, roubo e estupro, faleceu na última semana vítima de câncer.

No começo do ano, exames de imagem revelaram a presença de câncer em estágio avançado nos pulmões, fígado e intestino do criminoso.

A defesa alega que, ao longo dos últimos meses, buscou garantir na Justiça do RJ tratamento médico fora do ambiente prisional para Alvinho. Contudo, os pedidos foram negados sob a justificativa de que a unidade prisional dispunha de recursos para o atendimento necessário.

Recentemente, a Justiça permitiu visitas de despedida, com a remoção temporária das algemas que prendiam o detento.

Internado no Hospital Clínica Grajaú, na Zona Norte do Rio, Alvinho veio a óbito na quinta-feira (22). Seu corpo foi sepultado na sexta-feira (23) no Cemitério de Irajá.

De acordo com a advogada Flávia Fróes, desde março, quando o diagnóstico foi confirmado, foram realizadas 18 petições à Vara de Execuções Penais (VEP) solicitando prisão domiciliar ou internação hospitalar para o início do tratamento, todas negadas.

O DE entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e aguarda retorno da instituição.

Na última tentativa de obter a liberdade para Alvinho, a defesa solicitou a extinção da pena devido ao falecimento, protocolando o pedido no dia 21 de agosto. O documento critica fortemente a atuação do sistema judiciário.

A defesa afirma que acionará o juiz da VEP no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA).

Alvinho foi preso pela primeira vez em julho de 1999. Com diversas anotações criminais e processos disciplinares, foi detido mais de uma vez ao longo dos anos.

Além das condenações recebidas, Alvinho era suspeito de ser o mentor de uma rebelião ocorrida em 2018, que resultou na morte de um detento. Havia também investigações sobre seu envolvimento nas mortes de dois detentos encontrados enforcados em 2022.

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