Radar que limitava velocidade no local do acidente fatal em Minas Gerais foi retirado meses antes da tragédia

Uma colisão envolvendo três veículos resultou na morte de 22 pessoas na madrugada deste sábado (21) na altura do KM 285 da BR-116, em Lajinha, município de Teófilo Otoni. Os veículos envolvidos foram um ônibus, uma carreta e um carro. O ônibus partiu de São Paulo na sexta-feira (20) com destino a Vitória da Conquista, na Bahia.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu às 3h30 e teve como desencadeador o estouro de um pneu do ônibus, o que fez com que o motorista perdesse o controle da direção e colidisse contra a carreta. Posteriormente, um carro que seguia atrás também se envolveu na colisão. O impacto resultou em um incêndio no ônibus.

O correspondente Jerry Santos, da Inter TV, descobriu que o trecho da BR-116 onde o acidente ocorreu possuía um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. No entanto, esses radares foram removidos recentemente por estarem com a documentação vencida. Nos últimos dias, outros acidentes fatais ocorreram em áreas onde os radares foram retirados.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a maior parte das mortes foi decorrente do incêndio no ônibus. O agente Fabiano Santana classificou a tragédia como algo sem precedentes para a região, destacando o resgate de vítimas que necessitaram de auxílio após o acidente. A pista da BR-116 permanecia interditada no sábado sem previsão de liberação.

A PRF afirmou que a situação era grave e que medidas seriam tomadas para evitar incidentes semelhantes no futuro. Novos radares serão instalados nos locais onde anteriormente existiam outros, mas apenas em 2025, com uma nova empresa responsável pela implementação. É importante destacar a comoção gerada pela tragédia e a necessidade de medidas preventivas para preservar a segurança viária em Minas Gerais.