Chefe de Quadrilha de Roubo de Cargas preso por Polícia Federal após Vida de Luxo: O que se sabe.

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Chefe de quadrilha de roubo de cargas que vivia ‘vida de luxo’ atuava na encomenda dos crimes e venda das peças, diz PF

Na última segunda-feira, uma operação foi realizada pela Polícia Federal para desmontar um grupo especializado em roubo de cargas e caminhões. Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados do Brasil: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, resultando na detenção de 16 pessoas.

Um dos líderes da quadrilha, preso durante a operação, atuava tanto na encomenda dos crimes, especificando modelos de caminhões, quanto na comercialização das peças após o desmanche. De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza, ele era responsável por gerenciar a demanda e a venda, ficando com a maior parte dos lucros da organização criminosa.

O chefe preso durante a operação foi identificado como Fabrício Pimentel Azevedo Silva. A Polícia Federal informou que a organização criminosa tinha outro comandante, que já havia sido preso anteriormente, assim como outros membros do grupo.

A investigação revelou que a organização criminosa praticou pelo menos 49 roubos violentos de cargas entre 2021 e 2024. Os chefes desfrutavam de um estilo de vida luxuoso, com aquisição de veículos como Ferrari e Lamborghini, lanchas, jet ski, imóveis de alto padrão e acesso a camarotes VIP em eventos.

A base dos roubos ocorria principalmente em São Paulo, nas regiões de Campinas e Sorocaba, enquanto os desmanches eram feitos em Osasco. Após o desmanche, as peças eram adulteradas e vendidas em outros estados do Brasil. A operação, intitulada “Hammare”, faz referência ao instrumento principal utilizado pela quadrilha para acessar os veículos e à preferência por marcas suecas.

A investigação foi conduzida por um grupo especializado de repressão a roubo de cargas da Delegacia da Polícia Federal em Campinas e iniciou em 2023 após um assalto em Cajamar, São Paulo. A operação resultou na apreensão de uma série de itens, como veículos de luxo, dinheiro, armas, joias e peças de caminhões.

No total, foram expedidos 17 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão em diferentes municípios. A Justiça também autorizou o sequestro de bens e valores ligados à organização criminosa, com um montante total de R$ 70 milhões. A atuação do grupo foi minuciosamente investigada pela Polícia Federal, resultando na desarticulação de uma complexa rede envolvida em roubo, desmanche, receptação e lavagem de dinheiro.

Por fim, a Polícia Federal destacou que os criminosos se valiam de tecnologias para burlar sistemas de segurança dos caminhões, visando facilitar os roubos. A população foi alertada sobre os métodos utilizados pelos criminosos e orientada a tomar precauções adicionais para evitar a ação de quadrilhas especializadas em roubo de cargas e veículos.

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