Chefe de quadrilha de roubo de cargas vivia ‘vida de luxo’, PF desmonta esquema com a operação “Hammare” – saiba mais

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Chefe de quadrilha de roubo de cargas que vivia ‘vida de luxo’ atuava na “encomenda” dos crimes e venda das peças, diz PF

Uma operação realizada nesta segunda-feira (24) teve como objetivo desmontar o grupo especializado em roubo de cargas e caminhões. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia, resultando na prisão de 16 pessoas. O chefe da quadrilha, identificado como Fabrício Pimentel Azevedo Silva, era responsável por coordenar tanto a “encomenda” dos crimes, especificando modelos de caminhões, quanto a posterior comercialização das peças aos receptadores após o desmanche.

Segundo o delegado Edson Geraldo de Souza, responsável pela Polícia Federal em Campinas, Fabrício era o principal articulador da organização criminosa, ficando com o maior lucro proveniente das atividades ilícitas. A investigação apontou que a quadrilha tinha um “padrão luxuoso de vida”, o que incluía posse de uma Ferrari e a quantia de R$ 534,8 mil em dinheiro apreendidos na residência de Fabrício, localizada em Jandira (SP).

A operação contou com 110 policiais federais e 100 policiais militares, resultando na prisão de 16 suspeitos e no sequestro de bens e valores ligados à organização criminosa, totalizando R$ 70 milhões movimentados pelos criminosos. A investigação teve início em 2023 após um assalto registrado em Cajamar (SP).

A organização criminosa atuava de forma estruturada, utilizando empresas de peças e manutenção para receptar e vender caminhões, equipamentos e motores roubados. A preferência era por marcas suecas, e a quadrilha encomendava roubos específicos de acordo com o modelo desejado. Os crimes envolviam três núcleos: roubo, desmanche e receptação. A operação, intitulada “Hammare” (martelo em sueco), fazia referência ao principal instrumento utilizado pelo grupo para acessar os veículos.

Além disso, os criminosos adulteravam os números de chassi e peças dos caminhões roubados para que pudessem ser comercializados no mercado legal. Os roubos eram concentrados em São Paulo, especialmente nas regiões de Campinas e Sorocaba, enquanto os desmanches ocorriam em Osasco e as peças eram vendidas em outros estados do Brasil.

A Polícia Federal destaca que a organização criminosa participou de pelo menos 49 roubos violentos de cargas entre 2021 e 2024. O material apreendido durante a operação incluiu não apenas a Ferrari e o montante em dinheiro, mas também armas, joias e veículos, consolidando a desarticulação do grupo especializado em roubo de cargas e caminhões. A ação policial resultou na prisão de 16 suspeitos e na recuperação de bens e valores ilícitos.

Com isso, a força-tarefa coordenada pela Polícia Federal desmantelou uma organização criminosa especializada em roubo de cargas e caminhões, marcando um importante avanço na segurança pública do país. A integração entre as instituições policiais resultou em importantes prisões e apreensões, demonstrando o combate efetivo ao crime organizado.

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