O chefe de Recursos Humanos da Prefeitura de Goiandira, no sudeste de Goiás, foi preso sob a acusação de desviar dinheiro do município ao criar empregos fictícios e ficar com os salários, resultando em um prejuízo de mais de R$ 500 mil. De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, o crime vinha ocorrendo ao longo de quase dois anos. O suspeito, cuja identidade não foi revelada, teria utilizado diversos nomes para os funcionários fantasmas e, na hora do pagamento, direcionava os valores para a sua própria conta bancária.

A prisão do suspeito aconteceu na última segunda-feira, de acordo com informações fornecidas pelo delegado Fernando Maciel, responsável pelo caso. Durante os depoimentos, o investigado optou por permanecer em silêncio. O modus operandi utilizado pelo acusado consistia em cadastrar nomes fictícios na folha de pagamento e direcionar os rendimentos para a sua própria conta. A investigação policial descobriu até mesmo a utilização do nome de uma servidora falecida para receber os pagamentos fraudulentos em nome dela, mas depositados na conta do suspeito.

A denúncia que desencadeou as investigações partiu da própria Prefeitura de Goiandira, que reportou as irregularidades às autoridades competentes. No dia da prisão, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, onde foram encontrados vários objetos de valor, como relógios de luxo e um veículo Fiat/Strada do ano de 2023, além de documentos, celular e computadores que serão utilizados nas investigações.

O suspeito foi autuado pelos crimes de peculato e falsidade ideológica e está detido preventivamente, sujeito a penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão pelo peculato e de 1 a 5 anos de reclusão pela falsidade ideológica. A Prefeitura de Goiandira emitiu uma nota oficial se manifestando sobre a prisão do funcionário, esclarecendo que as irregularidades foram identificadas a partir de inconsistências na folha de pagamento dos servidores municipais e que, diante disso, iniciou uma investigação interna que culminou na denúncia à Polícia Civil.

Diante desse escândalo, a administração municipal pretende reforçar os controles internos para evitar fraudes semelhantes no futuro. O caso do chefe de RH de Goiandira ilustra a importância da transparência e da fiscalização rigorosa dos processos de contratação e remuneração de servidores públicos, a fim de garantir a correta aplicação dos recursos públicos e a integridade da gestão municipal. A população de Goiás espera que casos como esse sejam investigados e punidos de forma exemplar, contribuindo para o combate à corrupção e à impunidade no setor público.