O Professor, chefe do Comando Vermelho e um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros em circunstâncias ainda não esclarecidas. Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, era descrito como violento e estratégico, exercendo uma posição de destaque na facção criminosa. Ele foi apontado como o terceiro homem mais influente do CV fora do sistema penitenciário, controlando a favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, onde montou sua base operacional.
Nos últimos cinco anos, o Professor ganhou poder ao assumir o fornecimento de armas para a expansão do Comando Vermelho na Zona Oeste. Com isso, conquistou o controle da Fazendinha e passou a comandar a distribuição de armas e drogas compradas em países como Paraguai, Bolívia e Colômbia. Sua influência também se estendia a outras comunidades dominadas pela facção, consolidando sua posição no mundo do crime.
A polícia atribui ao Professor a ordem de execução de um idoso de 74 anos portador de Alzheimer, que foi brutalmente assassinado por engano. Esse crime resultou na expedição de mais um mandado de prisão contra o traficante. Sua carreira criminosa teve início anos antes, com prisões por contrabando de armas e drogas, além de envolvimento em uma quadrilha responsável por movimentar milhões de reais em atividades ilegais.
Além de suas atividades no tráfico e na coordenação de negócios internacionais, o Professor revelou um lado vaidoso ao submeter-se a procedimentos estéticos como lipoaspiração abdominal e implante capilar. Sua influência se estendia também ao controle do cotidiano da comunidade, como demonstrado em mensagens interceptadas pela polícia. O traficante também era alvo de investigações por corrupção policial, envolvendo negociações com oficiais da Polícia Militar.
A morte do Professor marcou o fim de uma era de poder e violência no mundo do tráfico carioca. Sua importância no Comando Vermelho foi evidenciada pela Operação Dakovo, que revelou seu papel central no tráfico internacional de armas. As circunstâncias de sua morte continuam sob investigação pela Delegacia de Homicídios da Capital, enquanto o Rio de Janeiro busca lidar com as consequências da eliminação de um dos criminosos mais temidos da região.