A morte do traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, chefe do tráfico no Complexo do Alemão, chocou o Rio de Janeiro. Foragido há mais de seis anos, ele era considerado o terceiro homem mais influente do Comando Vermelho fora do sistema prisional. Fhillip foi encontrado baleado e já sem vida ao chegar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte da cidade.
Testemunhas afirmam que o traficante foi atingido por disparos de arma de fogo na área da 44ª DP (Inhaúma). Com 38 anos, Professor acumulava 65 anotações criminais e estava sendo investigado por diversos crimes, incluindo o fornecimento de armas, drogas e munições para a facção criminosa Comando Vermelho. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), comandada pelo delegado Leandro Gontijo.
A Polícia Militar foi acionada após a chegada de um homem baleado à UPA de Del Castilho, onde sua esposa, Gabriele de Almeida Rangel, e seu advogado, Eli Florêncio da Luz, o identificaram como Fhillip da Silva Gregório, popularmente conhecido como Professor. A direção da unidade de saúde informou que o homem já chegou sem vida e sem identificação, sendo necessário aguardar a confirmação de sua identidade pelo Instituto Médico Legal (IML).
Fhillip da Silva Gregório era conhecido por sua atuação no tráfico de armas, mantendo contatos em diversos países da América do Sul. Ele era responsável por acordos com fornecedores internacionais e chegou a ter conversas interceptadas pela Polícia Federal, em que negociava com policiais militares da região. O poder exercido por Professor e suas relações com autoridades locais foram expostos durante a Operação Dakovo, que resultou na denúncia de 28 pessoas envolvidas no tráfico de armas.
As investigações também mostraram a influência do traficante nas atividades criminosas do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Ele foi apontado como o principal responsável pela compra de armamentos para a facção, tornando-se alvo de prisão pelas autoridades. No entanto, Fhillip nunca foi encontrado e continuou atuando de forma clandestina, negociando com criminosos e policiais em uma relação obscura de poder e corrupção.