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Chega ao fim a cirurgia de separação das gêmeas siamesas nascidas no HMI

Após 4h30 de procedimento, a cirurgia de separação das gêmeas siamesas nascidas ontem (22), no Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), chegou ao fim.

A primeira gêmea saiu da cirurgia às 13h20min e a segunda às 14h. Ambas foram encaminhadas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, onde permanecerão internadas. Segundo boletim médico, o estado de saúde das meninas é gravíssimo e elas respiram com a ajuda de aparelhos.

A cirurgia foi feita de forma emergencial devido ao quadro de uma das gêmeas, que possui uma cardiopatia cianogênica grave. Participaram da operação cerca de 15 profissionais, entre cirurgiões pediátricos, anestesistas, ortopedistas, médicos intensivistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões vasculares, pediatras, biomédicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e cardiologista, liderados pelo Cirurgião Pediátrico Zacharias Calil. As irmãs, que nasceram com 37 semanas de gestação, eram unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Juntas, elas pesavam 4.785 quilogramas.

O hospital informa ainda que a mãe, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, vinda de Salvador (BA), segue internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI. O estado de saúde dela é bom. Não há previsão de alta para a mãe assim como não há para as gêmeas.

 

Histórico

 Este foi o 18º procedimento de separação realizado no HMI, de 38 casos atendidos na unidade. O hospital é a única unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) apta a realizar a separação de gêmeos siameses. A primeira aconteceu em 2000, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A literatura médica mundial indica que, dentre os siameses operados, um em cada cinco sobrevivem à cirurgia. No HMI, esse índice chega a 50%.

 

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