Última atualização 26/10/2022 | 17:58
A chegada do período chuvoso, que por conta do fenômeno ‘La Ninã’, tem sido agressivo com fortes rajadas de vento, granizo e temporais, acendeu o alerta para os riscos envolvendo os 99 pontos de alagamento da capital, que também conta com 27 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil.
Segundo o coordenador operacional do órgão, Anderson Marcos de Souza, a população precisa ficar atenta e evitar passar por locais de maior risco de desastres durante as chuvas, como as pontes e locais de forte enxurrada. Outro fator que Anderson chama atenção é o risco envolvendo quedas de árvore, que se tornou comum no início deste período chuvoso.
“Existem locais que possuem um risco maior de grandes alagamentos. Já outros lugares, além dos riscos hidrológicos, há também os riscos geológicos. Estes pontos são descobertos durante o período chuvoso, já o planejamento para diminuir o risco é realizado durante a estiagem do ano seguinte”, explicou.
Pontos
O trabalho de monitoramento da defesa é realizado um ano antes das ações de prevenção. Por exemplo, os pontos de alagamento e as áreas de risco que estão na lista dos agentes foram catalogados no período de estiagem de 2021. Este ano, porém, novos pontos e áreas podem entrar na relação. Isso ocorre quando a população aciona a ajuda, seja por alagamentos, deslizamentos, transbordamento de rio ou outra ocorrência.
O órgão deve divulgar um novo balanço dos pontos de alagamento e áreas de risco da capital até o fim deste período chuvoso, segundo Anderson. Com a lista dos locais onde ocorre problema, os agentes de Defesa Civil acionam as outras pastas municipais para realização de serviços. Um exemplo são as bocas de lobo comumente entupidas com lixo, descartado de forma irregular nas ruas.
“A Comurg e a Secretaria de Infraestrutura são acionadas para retirada do entulho, remoção para um local apropriado e, se necessário, refazer os equipamentos, como as tampas. Porém, é necessário que a população não jogue lixo na rua, a fim de evitar o entupimento do sistema de drenagem, e consequentemente, os alagamentos”, conta.
Pontos históricos
Algumas áreas sofrem com problemas historicamente, como é o caso da Avenida Feira de Santana, no Parque Amazonas. Quando chove forte, a parte baixa da rua alaga a ponto de impedir a passagem segura de veículos. A orientação neste tipo de caso é para que os motoristas nunca se arrisquem, mas que busquem outras rotas.
“Vivemos em uma cidade de características diferentes, com características de alagamento. É bom orientar que as pessoas evitem enxurradas fortes, principalmente perto de pontes. Não se arrisquem”, concluiu.