China anuncia novas políticas e subsídios para aumentar taxa de natalidade

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O primeiro-ministro da China, Li Qiang, anunciou nesta quarta-feira, 5, novas medidas para estimular o aumento da taxa de natalidade no país. Entre as ações previstas estão a criação de subsídios para cuidados infantis e o incentivo a serviços de apoio às famílias, em um esforço para enfrentar o problema demográfico que a China vem registrando nos últimos três anos, com queda consecutiva da população.

As declarações foram feitas durante a abertura da sessão plenária anual da Assembleia Popular Nacional (APN), o principal órgão legislativo chinês. Li destacou que o alto custo para criar e educar filhos é uma das principais razões apontadas por casais para não terem mais crianças. Por isso, o governo pretende ampliar a oferta de serviços integrados de cuidados infantis e aumentar o número de vagas em creches acessíveis.

Além de políticas voltadas para a infância, o primeiro-ministro também ressaltou a importância de promover serviços comunitários para idosos e reforçar o cuidado com pessoas dependentes, sinalizando uma preocupação com o envelhecimento da população chinesa.

Queda na natalidade preocupa autoridades

A China vem enfrentando uma redução populacional desde 2022, algo que não ocorria desde 1961, quando o país viveu as consequências de uma grave fome após o fracasso de suas políticas de industrialização. Em 2024, o país registrou 9,54 milhões de nascimentos, um leve aumento em relação aos 9,02 milhões de 2023, que foi o menor número desde 1949.

Entre as medidas que estão sendo estudadas pelo governo chinês, estão a ampliação da cobertura de seguro para técnicas de reprodução assistida, o aumento da licença-paternidade, a redução da idade mínima para casamento – atualmente fixada em 22 anos para homens e 20 anos para mulheres – e até o fim completo das restrições sobre o número de filhos, que desde 2021 permite um máximo de três crianças por casal.

Com essas políticas, a China busca reverter a tendência de queda populacional e aliviar os impactos econômicos e sociais que podem surgir com o envelhecimento acelerado da população.

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