China aumenta tarifas sobre produtos americanos em retaliação a Trump: Casa Branca tenta negociações. Xi Jinping rejeita acordo. Repercussões econômicas preocupam mercados.

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A Casa Branca está tentando fazer Xi Jinping iniciar as negociações sobre tarifas com os Estados Unidos. Por outro lado, a China chamou o aumento das tarifas de “uma piada” e de “um jogo de números sem significado econômico”. Em retaliação a Donald Trump, Pequim elevou as tarifas sobre bens americanos para 125%, declarando que, com as taxas atuais, não há mercado para os produtos dos EUA no país.

No comunicado em que anunciaram a nova rodada de taxas contra os americanos, os chineses descreveram a política tarifária de Trump como “uma piada” e algo que viola o bom senso. O Ministério do Comércio Chinês rotulou o aumento das tarifas como bullying e uma estratégia sem significado econômico, o que foi endossado por Xi Jinping, líder do país.

Xi Jinping afirmou em seu primeiro pronunciamento sobre a guerra comercial que a China não tem medo de aprofundar o conflito tarifário e que nenhuma das partes sairá vencedora dessa situação. Entretanto, ele não mencionou a possibilidade de negociar com Trump, o que tem sido uma questão crucial no impasse entre os dois países.

Mesmo assim, a equipe do presidente americano insiste que Xi Jinping deveria dar o primeiro passo e solicitar uma ligação com Trump. No entanto, Trump também não deseja fazer o primeiro movimento e aguarda um contato do líder chinês. O alto escalão do governo americano está abordando publicamente a possibilidade de um acordo com a China pelo segundo dia consecutivo.

A última semana foi marcada por expressões de otimismo em relação às negociações entre os dois países. Tanto o próprio presidente dos Estados Unidos quanto a porta-voz da Casa Branca mostraram-se abertos a conversas e a um possível acordo com a China. O presidente ressaltou a importância de uma resolução favorável para ambas as partes.

O aumento das tarifas chinesas traz uma nova camada de preocupação para Trump, pois os consumidores americanos estão se sentindo pessimistas em relação à economia, segundo um estudo da Universidade de Michigan. O temor de inflação mais alta, aumento do desemprego e queda nas exportações para a China tem impacto em estados como Califórnia, Texas e Washington, que vendem muitos produtos ao mercado chinês e têm um grande número de empregos ligados às remessas. A situação ainda é incerta, com os dois lados em busca de uma solução para a disputa tarifária.

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