Chinês morre de hemorragia no cérebro após tirar dentes sisos

Wang Aoji, engenheiro automotivo de 23 anos, faleceu após complicações em uma cirurgia de extração de dente em Shenzhen

O que era para ser um procedimento dentário corriqueiro terminou em fatalidade na China. A comunidade de Shenzhen está abalada com a trágica morte de Wang Aoji, um engenheiro automotivo chinês de 23 anos, que faleceu de hemorragia cerebral após uma cirurgia de extração de dentes. As informações são do site Dim Sum Daily.

Wang, que havia recentemente ascendido ao cargo de engenheiro em uma renomada fabricante de automóveis em Shenzhen, faleceu após complicações decorrentes do procedimento no Hospital do Povo de Kuichong, no Distrito Dapeng de Shenzhen.

O drama começou na manhã de 30 de julho do ano passado, quando Wang buscou tratamento para dentes do siso inflamados e doloridos, uma condição que vinha enfrentando há dois meses. Apesar da ausência de histórico prévio de hipertensão, doença cardíaca ou diabetes, Wang desmaiou repentinamente durante uma radiografia panorâmica após a extração. Após recuperar a consciência, revelou histórico anterior de episódios de desmaios.

Coma

A situação se agravou rapidamente, com Wang vomitando e convulsionando a caminho do pronto-socorro, onde uma tomografia computadorizada revelou hemorragia intracraniana. Uma craniotomia de urgência foi realizada no Hospital do Povo do Distrito de Pingshan, mas, apesar da cirurgia de duas horas, os médicos o declararam como morto cerebral. Wang permaneceu em coma por 14 dias até seu falecimento na noite de 12 de agosto.

O relatório forense subsequente do Centro de Avaliação Judicial da Universidade de Zhongshan concluiu que a disfunção do sistema nervoso central de Wang e a falência de múltiplos órgãos eram consistentes com hemorragia intracraniana espontânea após a cirurgia dentária. Apesar da intervenção médica intensiva, sua vida não pôde ser salva.

Investigação

O Comitê de Mediação do Centro de Coordenação de Relacionamento Harmônico Médico-Paciente de Shenzhen determinou provisionalmente que não há vínculo causal direto entre a cirurgia dentária e a morte de Wang.

Esta avaliação preliminar, no entanto, entra em conflito com as suspeitas de negligência médica da família, que buscava uma compensação de 1,8 milhão de yuan, enquanto o hospital supostamente concordou com um acordo de 600 mil yuan.

O Departamento de Educação e Saúde do Distrito Dapeng de Shenzhen está atualmente investigando o caso para determinar se houve violações nos padrões médicos e garantir que tais tragédias não se repitam.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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