Chineses têm interesse em instalar empresa de energia solar em Goiás

O secretário do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Vilmar Rocha, recebeu na tarde desta segunda-feira, dia 7, a vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Uta Schwietzer. O assunto girou em torno do interesse da China em realizar parceria com o Governo de Goiás por meio do Programa Goiás Solar, coordenado pela Secima.

Vilmar Rocha explicou que a Câmara Brasil-China quer desenvolver contato entre empresários goianos e chineses com objetivo de implantar em Goiás empresas para fabricação de equipamentos e insumos de energia solar fotovoltaica. “Estamos abertos para os empresários que desejam investir em energias renováveis em Goiás”, completa o secretário.

Participaram da reunião a superintendente de energia da Secima, Danúsia Arantes, o superintendente Executivo de Comércio Exterior, Luiz Medeiros, os presidentes da Fieg, Pedro Alves, da Acieg, Euclides Barbo Siqueira, o diretor do Grupo José Alves, Luiz Antônio Faria, e Eliezer Souza, executivo do grupo.

Programa Goiás Solar
O Programa Goiás Solar é parte do esforço do Governo para a elaboração de políticas públicas e adoção de medidas que incentivem o consumo e a geração de energias limpas e renováveis, especialmente a solar, valorizando os recursos naturais estratégicos para o crescimento sustentável da economia goiana, o desenvolvimento de novos negócios, a geração de empregos, a preservação ambiental e o incentivo da cadeia produtiva.

Entre os pontos estratégicos do programa estão a atenção às questões de tributação, financiamento, desburocratização, desenvolvimento da cadeia produtiva, educação e comunicação, com foco no alinhamento entre política de estado e municípios. Atende aos interesses dos segmentos públicos, privado, universidade e sociedade com foco em energias de fontes renováveis.

Entre as principais ações já realizadas pelo programa estão a isenção de ICMS para micro e mini geração, a simplificação do licenciamento ambiental para os empreendimentos de energia solar fotovoltaica; a isenção de ICMS para os insumos e equipamentos necessários para a instalação de micro e mini geração; a instalação de placas de geração de energia fotovoltaica nas casas de habitação social (Agehab); linhas de crédito exclusivas da Goiás Fomento para o financiamento; e questões de desburocratização.

Fonte: Goiás Agora

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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