Chuva alaga ruas de Sumaré e moradores enfrentam prejuízos com lama

Ruas ficam cheias de lama e moradores acumulam prejuízos após chuva alagar ruas de Sumaré

Cidade teve 106 milímetros de chuva nas últimas 24 horas, maior índice no estado. Ribeirão Quilombo transbordou e atingiu diversos imóveis; moradores dizem que problema é antigo.

Moradora limpa garagem após ter casa invadida por alagamento em Sumaré — Foto: Reprodução/EPTV

O alagamento que atingiu Sumaré (SP) na manhã desta quinta-feira (16) deu lugar à lama no início da tarde. Imagens feitas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram a situação do Jardim Picerno, onde o Ribeirão Quilombo transbordou.

A cidade, que esperava de 2 a 5 milímetros de chuva, registrou 106 mm após uma forte tempestade que caiu na noite de quarta (15). De acordo com a Defesa Civil de São Paulo, foi o maior volume de todo o estado.

Sem dar conta da quantidade de chuva, a água do ribeirão invadiu as casas e, mesmo após abaixar, deu trabalho para os moradores. Eles dizem que convivem com o problema há tempos e que acumulam prejuízos a cada temporal.

As consequências foram notadas logo no início do dia. Na Rua Crenac, uma das mais prejudicadas, uma correnteza se formou e acabou invadindo as casas. Moradores relataram que estão acostumados com o problema.

O aposentado João Ferreira do Rio, por exemplo, ficou na torcida para que a pequena comporta impedisse a entrada da água. “Proteger um pouco, né? Mesmo assim, a gente fica suspeito de que vai acontecer. Aquela preocupação. Fica incomodado”.

Na casa da Ivonete, a água ultrapassou a barreira. Ela já descartou o sofá e o tapete em outro episódio, mas agora perdeu mais móveis. “Nós não esperava. Pegou nós de surpresa. Desde ontem que eu estou acordada com medo de dormir e inundar de água de novo”, comenta.

A aposentada Valdeci Ferreira de Brito também foi surpreendida. A altura da água ficou perto da janela da garagem e, ao diminuir de volume, deixou a casa toda suja. “É só trovejar, pronto. Eu já quero arrumar as coisas para cima de tanto que eu tenho medo. Já perdi [muita coisa]”.

A Defesa Civil de Sumaré montou uma base móvel entre as ruas Roseira e Carvalhos. O objetivo é oferecer serviços para moradores prejudicados, como atestados para pessoas que precisarem faltar ao trabalho por causa das cheias. Também são oferecidos produtos de limpeza.

Pela manhã, o órgão municipal informou que monitora as áreas de risco da cidade e que disponibilizou a Escola Estadual Rosa e Silva como apoio para a população. Já em caso de urgência, o morador deve ligar para os seguintes números: Bombeiros (193), Samu (192), Polícia Militar (190), Defesa Civil (199), Guarda Municipal (19-3873-3350).

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