Chuva causa estragos em Itapetininga com alagamentos e veículos submersos

Chuva causa estragos em cidades da região de Itapetininga

De acordo com a Defesa Civil, em Itapetininga (SP) choveu 62 milímetros nas
últimas 24 horas. Em Guapiara (SP) houve o alagamento em sete residências.

1 de 1 Veículos ficaram submersos durante a chuva nesta terça-feira (3) em Avaré
(SP). — Foto: Reprodução/A Voz do Vale

Veículos ficaram submersos durante a chuva nesta terça-feira (3) em Avaré (SP).
— Foto: Reprodução/A Voz do Vale

A chuva causou estragos e provocou alagamentos em cidades da região de
Itapetininga (SP) nesta segunda (2) e terça-feira (3). Em Avaré (SP) um carro foi
arrastado pela correnteza da chuva, e em Guapiara (SP) sete famílias
precisaram sair de casa por conta de alagamentos.

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A Defesa Civil divulgou o acumulo de chuva nas últimas 24 horas em cidades da
região de Itapetininga:

* Capela Do Alto: 68 milímetros
* Itapetininga: 62 milímetros
* Avaré: 58 milímetros
* São Miguel Arcanjo: 45 milímetros
* Boituva: 30 milímetros

AVARÉ

Em Avaré (SP), a chuva forte acompanhada de rajadas de vento causou alagamento,
quedas de árvores e erosão no solo, conforme a Defesa Civil. Nesta terça-feira
(3), na Rua Maranhão, Centro de Avaré, um carro foi arrastado pela correnteza
que se formou a tarde, e cinco veículos ficaram submersos. Um desses veículos era uma van com quatro passageiros e todos foram resgatados pelos bombeiros.

A equipe registrou pontos de alagamentos na Rua Lineu Prestes, Rua Goiás, Rua
Mato Grosso, Rua Maranhão e Beco da Costrufic. Uma casa teve o telhado
parcialmente danificado, mas a família permaneceu no local. Na rua Rua Milão,
Jardim Europa II, houve o registro da queda de uma árvore em cima do carro que
estava estacionado no local.

Ainda segundo a Defesa Civil, não houve registro de pessoa ferida, desabrigados
ou desalojados.

GUAPIARA

No centro de Guapiara (SP) um alagamento atingiu sete residências, as famílias
foram orientadas a irem para casa de parentes. Nesta quarta-feira (4) será feita
uma nova vistoria para verificar a possibilidade do retorno para as residências,
informou a Defesa Civil. Segundo o Centro Integrado de Informações
Agrometeorológicas (Ciiagro), o volume de chuva na cidade foi de 26 mm.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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