Chuva forte deixa mais de 1 milhão sem luz nesta tarde em São Paulo

Mais de 650 mil domicílios ficaram sem luz no começo da tarde desta terça-feira, 7, na região metropolitana de São Paulo, informou a concessionária Enel.

Por volta das 14h35, a concessionária informava que havia 579.706 domicílios sem atendimento na região.

A cidade mais atingida foi São Caetano do Sul, com 41.855 pessoas sem luz, ou 49,76% dos clientes. No pior momento, 57% dos domicílios da cidade estavam sem energia da distribuidora. São Paulo e Santo André também tiveram mais de 5% dos clientes atingidos, cerca de 500 mil e 18 mil, respectivamente. Segundo a Enel, houve uma ocorrência envolvendo linhas de transmissão da companhia. A empresa informou que, em menos de meia hora, restabeleceu-se o serviço para cerca de 500 mil unidades consumidoras e que manobras remotas continuam sendo feitas na rede para normalizar o serviço o mais rápido possível.

A prefeitura de São Paulo teve alerta para alagamentos por volta das 13h, para as regiões sudeste e leste da cidade. Na Mooca, houve extravasamento do córrego da Vila Prudente, veio que já retornou às condições normais com o deslocamento do volume ao longo da Bacia do Tietê. A zona sul da cidade e a Marginal Pinheiros permanecem em estado de atenção desde as 12h27. Houve registro de granizo na zona oeste da cidade.

Segundo o Corpo de Bombeiros, houve 75 chamados para quedas de árvores.

Em São Caetano do Sul, uma estrutura metálica de um supermercado cedeu, atingindo carros no estacionamento, mas não houve feridos.

Os ventos na região chegaram a 65 km/h, com registro de quedas de árvores e destelhamento de casas.

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TRF-1 autoriza resolução sobre aborto legal para crianças e adolescentes

Importante: TRF-1 Autoriza Resolução sobre Aborto Legal para Crianças

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou, no dia 7 de janeiro, a publicação de uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) que estabelece diretrizes para o atendimento de crianças e adolescentes em casos de aborto legal. A decisão foi tomada após uma votação no Conanda, onde 15 membros votaram a favor e 13 contra a resolução.

A resolução, aprovada no dia 23 de dezembro de 2024, visa garantir maior proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, regulamentando o acesso ao aborto previsto em lei. De acordo com a resolução, crianças e adolescentes que se encontrem em situações de aborto legal devem ser encaminhados aos serviços de saúde para o devido atendimento.

O advogado Ariel de Castro Alves, ex-presidente do Conanda e ex-secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, defendeu a legitimidade do Conanda em debater e aprovar resoluções sobre os direitos das crianças e adolescentes. “O Conanda deve respeitar os limites legais e constitucionais com relação à temática do aborto, que incluem os casos de risco à vida das gestantes, gravidez decorrente de estupro e fetos com anencefalia, conforme previsão do Supremo Tribunal Federal,” argumentou Alves.

Críticas

No entanto, a decisão gerou divergências significativas. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) questionou a resolução no Poder Judiciário, alegando “atropelo regimental” e divergências com o conteúdo do documento aprovado. Ela ingressou com uma ação na Justiça Federal de Brasília para pedir a derrubada da norma.

A resolução do Conanda é vista como um passo importante para proteger os direitos de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, assegurando o acesso a serviços de saúde de acordo com a legislação vigente.

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