O tenente-coronel Mauro Cid declarou durante acareação no STF que o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara estava ciente da discussão em torno de uma medida para reverter o resultado das eleições. No entanto, Cid ressaltou que não tem certeza se Câmara teve acesso ao documento apresentado ao ex-presidente. A revelação foi feita em um ambiente de alta tensão, enquanto o tenente-coronel prestava depoimento no âmbito de investigações sobre supostas minutas golpistas.
Durante o interrogatório, Cid destacou a importância da presença de Marcelo Câmara no contexto das discussões sobre a minuta golpista. Ele afirmou que, por atuar como ex-assessor de Bolsonaro, Câmara estava inserido em um círculo de confiança próximo ao presidente. Essas declarações têm potencial para gerar repercussões políticas significativas, considerando a proximidade entre Marcelo Câmara e o ex-presidente Bolsonaro.
A afirmação de Cid levanta questionamentos sobre a profundidade do envolvimento de Marcelo Câmara nessas controvérsias, assim como a extensão do conhecimento do ex-presidente sobre o assunto. O tenente-coronel ressaltou que, apesar de informado sobre a discussão da minuta golpista, não pode confirmar se Câmara teve acesso direto ao documento em questão, deixando margem para novas investigações e esclarecimentos.
A acareação no STF se tornou um ponto crucial nas investigações em curso, evidenciando possíveis conexões entre altos escalões do governo e práticas controversas. As revelações feitas por Mauro Cid durante o depoimento expõem a complexidade dos bastidores políticos e os contornos nebulosos que envolvem determinados processos decisórios no cenário nacional.