Cidades de três estados registram mais beneficiários do Pé-de-Meia do que alunos nas escolas

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Em várias cidades brasileiras, o programa Pé-de-Meia, uma das principais iniciativas do governo na educação, enfrenta irregularidades. Um levantamento revelou que, em ao menos três estados, o número de beneficiários do programa supera o de alunos matriculados nas escolas públicas locais. Essa disparidade levanta questões sobre a precisão das informações e a aplicação dos critérios de elegibilidade.

Em Riacho de Santana, na Bahia, o Ministério da Educação (MEC) reportou o pagamento de 1.231 parcelas em fevereiro, enquanto a direção da única escola pública de ensino médio da cidade afirma ter 1.024 alunos matriculados. A Secretaria de Educação do estado da Bahia informa um número de 1.677 alunos, e o MEC menciona 1.860. Os pagamentos na cidade totalizaram R$ 1,75 milhão.

Inconsistências em Porto de Moz

Em Porto de Moz, no Pará, foram registrados 1.687 beneficiários do Pé-de-Meia, que receberam R$ 2,75 milhões em fevereiro, segundo o MEC. No entanto, diretores das duas escolas estaduais contabilizam apenas 1.382 alunos matriculados, um número inferior ao de recebedores do benefício. O MEC afirma haver 3.105 alunos de ensino médio na cidade.

Já em Natalândia, em Minas Gerais, o MEC aponta 326 beneficiários do Pé-de-Meia. A direção da escola estadual declara ter 317 alunos matriculados. O MEC informa a existência de 600 estudantes na escola.

Essas divergências nos dados apresentados pelas diferentes esferas administrativas levantam questionamentos sobre a gestão e fiscalização do programa Pé-de-Meia, bem como a necessidade de um alinhamento mais preciso das informações para garantir a efetividade da iniciativa e a correta destinação dos recursos públicos.

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