Cientista paranaense cria hidrogel que elimina superbactérias

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Cientista paranaense desenvolve hidrogel que mata bactérias e pode reduzir infecções

Material não tem de metais pesados na composição e se mostrou eficaz contra micro-organismos resistentes a antibióticos.

Cientista paranaense desenvolve hidrogel que mata superbactérias e pode reduzir infecções

Gabrielle Caroline Peiter, pesquisadora paranaense, desenvolveu um hidrogel que pode eliminar superbactérias responsáveis por infecções hospitalares. Peiter é bióloga e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Toledo, no oeste do Paraná.

Segundo a pesquisadora, o material é produzido a partir de vidros bioativos, capazes de liberar íons que destroem bactérias e fungos patogênicos, sem necessidade de antibióticos ou metais pesados.

> “Esse material mata diversos tipos de bactérias, inclusive as mais resistentes, contra as quais não temos antibióticos eficazes. Ele não apenas inibe o crescimento, mas elimina os micro-organismos em 100% dos casos”, explicou Peiter.

Os testes em laboratório comprovaram a eficácia do produto, que também foi avaliado em contato com a pele humana, sem apresentar efeitos tóxicos. Agora, a pesquisa está em fase de validação em ambientes reais.

“Conseguimos observar que, em até uma hora após a aplicação, não há crescimento bacteriano no local tratado. O próximo passo é ampliar os testes e buscar parcerias industriais para levar o produto ao mercado”, afirmou a pesquisadora.

Diferente de outros produtos antimicrobianos, o material criado por Paiter não utiliza prata ou metais pesados, o que representa uma alternativa mais sustentável.

“Não sabemos como a prata ou outros metais serão descartados no meio ambiente. Esse material, por ser livre dessas substâncias, pode ser eliminado sem riscos de contaminação ambiental”, destacou.

O trabalho rendeu à pesquisadora o reconhecimento no programa “25 Mulheres na Ciência – América Latina”, promovido pela 3M, que destaca o trabalho de jovens cientistas que impactam comunidades com projetos inovadores.

“Esse prêmio tem um valor especial para nós, mulheres na ciência. Representa visibilidade, cria referências para novas pesquisadoras e mostra que podemos fazer ciência de ponta”, disse Peiter.

Segundo Marcia Ferrarezi, líder de Pesquisa e Desenvolvimento para América do Sul da 3M, a premiação busca dar visibilidade à ciência aplicada e inspirar novas gerações de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (Stem, na sigla em inglês).

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