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Cientistas brasileiros desenvolvem pastilha para ajudar no tratamento de inflamações bucais

Última atualização 26/11/2022 | 16:48

Em breve, os brasileiros terão mais um reforço no tratamento de inflamações bucais como a gengivite. O paciente com doença que acomete cerca de 2,2 milhões de adultos brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, poderá consumir uma pastilha mastigável e se livrar de uma cirurgia odontológica.

 

“A pastilha é como um drops, uma pastilha mesmo, o paciente coloca na região sublingual e ela vai lentamente sendo dissolvida e deglutida. Para um bom controle da doença há necessidade de medidas locais e sistêmicas, algo que poderia ser chamado de higiene bucal e intestinal. E probióticos podem atuar dessa forma”, explica a professora integrante do grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). 

 

Ela explica que os benefícios do “medicamento” se estendem ao sistema gastrointestinal. A pastilha foi desenvolvida a partir de microrganismos vivos chamados probióticos que quando consumidos em uma quantidade adequada trazem benefícios à saúde. É justamente o desequilíbrio desse microrganismo que causa a gengivite.

 

O acúmulo delas que não é eliminado por escovação e uso de fio dental diariamente facilita a produção de toxinas que irritam a mucosa gengival. Além dos sintomas como gengiva vermelha, inchada e sensível com episódios de sangramento, o coração pode ser comprometido com a entrada das bactérias na corrente sanguínea.

 

A gengivite e a periodontite são inflamações bucais mais comuns entre a população. Elas podem destruir os tecidos periodontais que protegem os dentes, como a gengiva e os ossos que os sustentam. Os resultados apresentados pelos pacientes avaliados após uso da pastilha foi considerado muito satisfatórios porque ajudou a gengiva a ficar mais saudável.

 

“No caso da gengivite, ao final do estudo, os participantes apresentaram menos inflamação, mudanças em alguns mediadores inflamatórios e na composição do biofilme, nome dado à comunidade de bactérias que colonizam o elemento dental”, completou Flávia.

 

Por ser uma complemento ao tratamento odontológico, a cientista destaca que os pacientes continuarão tendo de passar pelo prescrição tradicional para as inflamações, como raspagem dos dentes.