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Diagnosticada múltipla infecção por varíola dos macacos, covid e HIV em italiano

Última atualização 24/08/2022 | 15:12

Muito se tem falado sobre o aumento dos casos de Monkeypox, a varíola dos macacos, em nível internacional. No entanto, é importante salientar que o mundo ainda vive uma pandemia de Covid-19, que por si só, matou milhares de pessoas. Agora, o mundo deve desbloquear um novo medo, a múltipla infecção por varíola,  covid e HIV.

Esta semana, cientistas italianos descobriram o caso de um homem infectado pela Covid-19, varíola dos macacos e HIV ao mesmo tempo. O paciente, um italiano de 36 anos, havia viajado para a Espanha e, segundo os pesquisadores, apresentou sintomas gripais, febre de 39 graus, dor de garganta e linfonodos aumentados na virilha, além de dores no corpo e bolhas que se espalharam pela pele. Após se recuperar, iniciou o tratamento contra o vírus HIV.

Diante desse caso, o Diário do Estado (DE)  conversou com o médico membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Marcelo Daher, que explicou que a possibilidade de múltiplas infecções, de fato, é real.

“A infecção conjunta de varíola e HIV é uma coisa, relativamente, fácil observado os mecanismos de transmissão. Tendo em vista que a doença (varíola) tem um forte apelo no ponto de vista de transmissão por via sexual, não vai ser incomum a gente varíola associada a outras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), como sífilis, gonorreia”, explicou Daher.

De acordo com o especialista, pela Covid-19 ainda ser um vírus de alta transmissão, ainda, a sociedade está vulnerável à exposição dele e das outras doenças já citadas. Ainda não há indícios de que a múltipla infecção cause um agravo no estado clínico do paciente. Mas os sintomas podem se sobrepor e uma doença mascarar a outra.

Vale ressaltar que o número de parceiros sexuais, sem o uso de preservativo, contribui para a contaminação de IST’s. Portanto, é recomendado que se reduza o número de parceiros e a promiscuidade.

“A multiplicidade de parceiros aumenta o risco dessas doenças e aumenta o risco de contrair essa doença de forma conjunta. Então neste momento é importante a redução de parceiros sexuais e a promiscuidade de transmissão e contágio de outras doenças”, orientou Daher.