Cientistas encontram ovo com embrião de dinossauro extremamente preservado

Cientistas encontram

Cientistas da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, anunciaram, nesta terça (21), a descoberta de um ovo de dinossauro com um embrião dentro, perfeitamente conservado. Segundo os cientistas, o fóssil tem aproximadamente 72 a 66 milhões de anos e foi apelido como ”Baby Yingliang”.

O embrião foi descoberto na região de Ganzhou, no sul da China, e foi deixado, provavelmente por um dinossauro terópode desdentado, que geralmente são carnívoros ou omnívoros e bípedes. Os historiadores e cientistas acreditam que essa espécie tenha vagado pela Ásia e pela América do Norte durante sua existência.

Coautora da publicação na iScience e uma das pessoas que fez parte da descoberta, Fion Waisum Ma descreveu o fóssil como um dos mais preservados que já viu. “É um dos melhores embriões de dinossauro já encontrados”, disse a estudiosa à AFP.

De acordo com a pesquisa, o ”Baby Yingliang” tem cerca de 27 cm de comprimento da cabeça à cauda e, compactado, dentro de um ovo fossilizado alongado de 17 cm.

“Este embrião de dinossauro dentro de seu ovo é um dos fósseis mais bonitos que já vi. Este pequeno dinossauro pré-natal se parece com um filhote de passarinho enrolado em seu ovo, o que é mais uma evidência de que muitas características dos pássaros de hoje evoluíram em seus ancestrais dinossauros”, disse outro coator do projeto, professor de Paleontologia e Evolução na Universidade de Edimburgo, Steve Brusatte.

Além de Waisum Ma, outros pesquisadores da Universidade de Birmingham, China University of Geosciences, Pequim e paleontólogos de Edimburgo, participaram da missão e descoberta do embrião de dinossauro.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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