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Cientistas planejam usar imã e ‘pescar’ meteorito que caiu no Pacífico

Última atualização 24/08/2022 | 15:48

Cientistas planejam operação para ‘pescar’ um meteorito que caiu no oceano Pacífico e que pode ter vindo de alguma parte do sistema solar. O nome da rocha é CNEOS 2014-01-08 e tem cerca de meio metro de largura. Esta busca será feita através de um ímã, que é usado para encontrar jóias ou artefatos esquecidos em lagos e rios. 

A pedra caiu na Terra no dia 8 de janeiro de 2014, a cerca de 160 quilômetros da costa de Papua Nova Guiné. Caso ela seja mesmo encontrada, poderá ajudar na compreensão das origens do universo, ou até dar indícios de vida fora do nosso planeta. Além disso, será a primeira vez que o homem entra em contato físico com algo que não seja poeira estelar. 

‘Projeto Galileu’, é o nome dado para esta missão que está em planejamento pelos pesquisadores da Universidade de Harvard. Eles conseguiram comprovar, com 99,9%, de precisão, que esta rocha é de fora do Sistema Solar.

Em uma entrevista à revista americana de ciência ‘Live Science’, o astrofísico, Amir Siraj, disse que o meteorito estava viajando a uma velocidade acima de 42 quilômetros por segundo, ultrapassando o limite da atração gravitacional do Sol. Já o Comando Espacial dos Estados Unidos confirmou a informação e acrescentou que o meteorito estava a 60 quilômetros por segundo.

A ‘pesca’ será feita através de um trenó magnético, que será ligado a um guincho de espinhel com alcance de 1,7 quilômetros. Lançado ao mar por meio de um navio, arrastando-o, ele deverá ser arrastado no fundo do oceano por dez dias.

Com um grande custo para a operação, será necessário cerca de US $500 mil para que as etapas sejam concluídas. Os pesquisadores não têm grandes expectativas de remover todo o meteorito, mas sim pequenos fragmentos suficientes para serem estudados.

Não será a primeira vez que este trenó será usado, em 2016 a empresa Miko Marine produziu a máquina para encontrar fragmentos de um acidente de helicóptero, na Noruega. Já em 2017, um grupo de voluntários e cientistas do Adler Planetarium, em Chicago (EUA), construiu um trenó subaquático com objetivo de capturar fragmentos de um meteorito que caiu no mesmo ano.