Cientistas que descobriram o vírus da hepatite C ganham Prêmio Nobel

Dois cientistas norte-americanos e um britânico venceram o Prêmio Nobel de Medicina de 2020 pelo trabalho na identificação do vírus da hepatite C, que causa cirrose e câncer de fígado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula em quase 70 milhões o número de infecções por hepatite C, que provoca 400 mil mortes por ano. O anúncio do prêmio foi feito nesta segunda-feira, 5.

As descobertas dos cientistas Harvey Alter, Charles Rice e do britânico Michael Houghton trazem esperança da erradicação completa do vírus da Hepatite C. Os três foram premiados por “sua contribuição decisiva na luta contra esta hepatite, um grande problema de saúde global”, disse a Assembleia do Nobel do Instituto Karolinska, da Suécia, em comunicado sobre o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, que equivale a US$ 1,1 milhão.

Tradicionalmente, o Nobel de Medicina é sempre o primeiro a ser anunciado. Os prêmios de Física, Química, Literatura e da Paz serão divulgados ao longo da semana. Por fim, o de Economia será anunciado na próxima segunda-feira, 12.

Devido a pandemia de covid-19, os vencedores deste ano serão convidados para comemorar juntamente com os que vencerem em 2021, considerando que a pandemia tenha arrefecido até lá.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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