Última atualização 04/06/2024 | 11:01
Autodenominada “cigana” e influenciadora com mais de 400 mil seguidores nas redes sociais, Suyany Breschak está no centro das atenções após ser presa na última quarta-feira. Ela é suspeita de ser cúmplice no assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, cometido por sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que continua foragida.
Com perfis no Instagram e no X (antigo Twitter), Suyany compartilha simpatias amorosas, dicas de prosperidade e até rituais de limpeza espiritual. Em um depoimento revelado pelo Fantástico, da Rede Globo, Suyany admitiu ter realizado diversos trabalhos espirituais para Júlia, acumulando uma dívida de R$ 600 mil, dos quais R$ 200 mil já foram pagos.
Suyany é conhecida por vídeos detalhando simpatias, como uma em que ensina a “domar” o amado. Em uma publicação de janeiro, ela instrui suas seguidoras a escreverem o nome do amado no espelho por sete dias para fazer com que ele “coma na palma da sua mão feito um cordeirinho”.
O caso de Luiz Marcelo, visto pela última vez em 17 de maio, chocou o Brasil. Câmeras de segurança registraram o casal no elevador do prédio onde moravam no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Três dias depois, o corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em estado de decomposição, escondido sob um sofá.
A polícia investiga a possibilidade de envenenamento com brigadeirão adulterado com mais de 60 comprimidos de um potente analgésico. Suyany revelou que Júlia confessou o crime a ela e entregou o carro da vítima, avaliado em R$ 75 mil, como parte do pagamento da dívida.
O delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, acredita que o motivo do crime seja financeiro, reforçado pela desistência de Luiz Marcelo em formalizar a união estável com Júlia. “Temos indícios de que a motivação foi econômica, pois a vítima desistiu da formalização da união, o que parece ter desencadeado o homicídio”, afirmou Buss.