Cine Cultura exibe mostra de cinema indígena

Cineastas podem inscrever produções para festival de cinema em Goiânia

Na semana em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, o Cine Cultura abre espaço para receber a Mostra de Cinema Indígena: Terras, Chuvas e Aldeias. O evento é gratuito e será promovido na próxima terça-feira, 18, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) e Gabinete de Políticas Sociais (GPS), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Ao todo serão exibidos sete filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, produzidos por realizadores indígenas e outros produtores, com sessões para todos os públicos. “Essa é uma forma de prestigiar os povos originários e que são fundamentais para a cultura de nosso país”, ressalta a secretária interina de Estado da Cultura, Yara Nunes.

Serão exibidos os filmes Terras Brasileiras (2018), Nguné Elü – O Dia Em Que A Lua Menstruou (2004), Pele de Branco (2012), Karioka (2014), Os Encantos do Rio (2017), Taego Ãwa (2017), e Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018).

O Cine Cultura é uma unidade da Secult Goiás e funciona no Centro Cultural Marietta Telles Machado, na Praça Cívica, inclusive aos finais de semana. A programação completa da sala está disponível no site da pasta e no Instagram @cineculturagoias.

Confira as sessões da mostra:

16h – Curtas-metragens:

-“Terras Brasileiras” (2018, 30 min, 12 anos);
-“Nguné Elü – O Dia em que a Lua Menstruou” (2004, 28 min, 12 anos);
-“Pele de branco” (2012, 25 min, 10 anos);
-“Karioka” (2014, 20 min, livre);
-“Os encantos do rio” (2017, 06 min, 10 anos)

18h30 – Taego Ãwa (2017, 70 min, 10 anos)

20h – Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018, 114 min, livre)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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