Cinegrafista é espancado por criminosos durante operação policial na Vila Aliança: jornalista atuava na cobertura do ocorrido.

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Um cinegrafista do canal Factual RJ foi espancado por criminosos durante a operação das polícias Civil e militar na Vila Aliança, em Senador Camará, nesta quinta-feira (4). O jornalista atuava na cobertura da operação, no interior da comunidade, quando foi sequestrado e espancado. O equipamento dele também foi quebrado. Ele foi levado para o Hospital Albert Schweitzer por policiais militares do Batalhão de Choque – o nome dele não foi informado pela polícia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o quadro de saúde dele é estável. De acordo com as primeiras informações, a motivação da agressão foi por ter filmado o interior da comunidade. A Polícia Militar disse que o batalhão foi acionado e deu apoio ao cinegrafista que foi abordado e agredido por criminosos na comunidade.

Mais cedo, seis bandidos que faziam um pastor e uma criança de reféns foram mortos na mesma operação, que foi montada para tentar prender traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) apontados como responsáveis pela morte brutal da jovem Sther Barroso dos Santos, mês passado, em Senador Camará. Durante a manhã, houve intenso confronto, trens e ônibus suspenderam as operações, e várias vias foram bloqueadas, como a Avenida de Santa Cruz e a Estrada do Taquaral. A ação foi planejada a partir de informações de inteligência que davam conta de que 2 alvos da facção estariam na localidade. São eles: Bruno da Silva Loureiro, o Coronel e José Rodrigo Gonçalves Silva, o Sabão da Vila Aliança.

Traficantes reagiram a tiros, atearam fogo a lixo e tomaram veículos como barricadas. Até a última atualização desta reportagem, 6 ônibus e 2 caminhões tinham sido atravessados na rua a mando de criminosos. O Globocop flagrou um grupo de criminosos de fuzil “escoltando” um dos coletivos tomados. Na Estação Senador Camará da Supervia, pessoas precisaram se jogar no piso dos vagões para tentar se proteger dos disparos. Alunos do GET Mario Fernandes Pinheiros também precisaram se abrigar das balas. Participam da operação a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil (Ssinte), a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar (SSI), a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Sther Barroso dos Santos, uma jovem de 22 anos moradora da Vila Aliança, Zona Oeste do Rio, foi brutalmente assassinada após sair de um baile funk na madrugada de 17 de agosto. Trabalhadora de uma lanchonete, ela sonhava com uma vida melhor e registrava seus planos em um caderno, incluindo tirar habilitação, fazer cursos e ajudar a família. Segundo relatos da família, Sther foi espancada e violentada por ordem de Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, após recusar sair com ele. O corpo de Sther foi encontrado desfigurado e com sinais de violência sexual.

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