Circo: Bolsonaro quer Malafaia na CPI

Circo: Bolsonaro quer Malafaia na CPI

Em sua live tradicional de quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM), e dizer que comissão teme a convocar o pastor evangélico Silas Malafaia por causa de sua religião.

Bolsonaro teria, inicialmente, insinuado que o sistema de saúde no Amazonas já tinha problemas desde a época em que Omar Aziz era governador. O atual senador comandou o Estado durante 2011 a 2014 e Bolsonaro participou de uma agenda pública no Estado.

“Agora Omar Aziz, não quero entrar em detalhes de como era a saúde no seu Estado quando o senhor era governador”, disse mas sem mostrar nenhuma prova.

O presidente criticou novamente o projeto apresentado pelo senador que previa pena de prisão a médicos que receitassem remédios sem nenhuma comprovação científica no tratamento contra a Covid-19. Omar Aziz já teria retirado a proposta.

Após isso, Bolsonaro comentou sobre o receio da CPI em convocar Malafaia por ser um líder espiritual. Disse para a comissão ”plantar batata”, dizendo que a justificativa dada é ”papinho”.

“Por que vocês não convocam o Malafaia, estão com medo do Malafaia?”, questionou. “Convoca o Malafaia, estão com medo do Malafaia ou estão com medo dos evangélicos?”, provocou.

Bolsonaro tem investido em sua relação com o público evangélico desde o início de sua candidatura em 2018. O público religioso tem aumentado sua presença fortemente na política nos últimos anos.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos