Ciro diz que não é mais possível apoiar o PT

 “Tem feito muito mal ao Brasil de um tempo para cá”, afirma Ciro ao se referir ao partido

O candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou nesta sexta-feira (28), não ser mais possível apoiar o PT, referindo-se a uma eventual aliança com o presidenciável petista, Fernando Haddad, no segundo turno.

“O PT contou comigo ao longo dos últimos 16 anos. Na medida em que eles se juntam com o Renan Calheiros, que presidiu o Senado no impeachment que eles chamam de golpe, que estão juntos no Ceará com o Eunício Oliveira, não é mais possível, para mim, andar com eles na política”, afirmou o candidato em declarações para rádio.

Ciro diz na entrevista que tem respeito por Haddad mas, que o PT “tem feito muito mal ao Brasil de um tempo para cá”.  Mesmo se vier a ser convidado pelo petista a um ministério, ele diz negar a participar do governo. “Eu não serei ministro. Eu vou disputar minha última eleição”, declarou.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp