O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o apontou como um nome preparado para disputar a Presidência da República. Durante ato de filiação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, ao União Brasil, realizado nesta quarta-feira, 5, em Brasília, Ciro afirmou que o gestor goiano reúne resultados concretos e capacidade administrativa.
“Tem resultados práticos e objetivos que demonstram que está pronto para qualquer missão, inclusive a de, quem sabe, ser o futuro presidente do Brasil”, declarou. Ele ressaltou ainda o destaque de Caiado na política nacional. “Ronaldo brilha no Estado líder, que é o Estado de Goiás”, afirmou.
Ao discursar ao lado do governador, Ciro destacou que o desempenho de Caiado vai além das ações na área da segurança pública. “Esse destaque não é só em relação ao que atormenta a sociedade brasileira — a violência e a insegurança —, mas também à sua capacidade geral de gestão e à trajetória consolidada como deputado e senador”, afirmou.
Ronaldo Caiado, atualmente em seu segundo mandato à frente do governo de Goiás, é cotado como um dos possíveis candidatos à Presidência em 2026.
Com 42 anos de carreira política, Ciro Gomes se filiou ao PSDB no fim de outubro, após disputar as últimas eleições presidenciais. Ele afirmou que ainda avalia uma nova candidatura, mas sinalizou abertura para alianças. “Vamos ver se eu vou estar nessa corrida e como podemos nos ajudar reciprocamente”, disse.
O tucano também defendeu a união de lideranças em torno de um projeto nacional de desenvolvimento. “A coesão deve ser sobre como apoiar o esforço de reconstrução econômica do Brasil e enfrentar a miséria trágica que tem sido cooptada pelo crime organizado”, afirmou.
Ciro criticou ainda o sistema tributário e o funcionamento da administração pública e do Judiciário, que, segundo ele, prejudicam o crescimento do país. “Nós precisamos construir uma corrente de opinião que associe os verdadeiros interesses de quem produz no Brasil, que está acochado por um sistema tributário maluco, uma administração pública corrupta e um Judiciário, no mínimo, esquisito”, disse.
O ex-ministro também chamou atenção para o alto número de brasileiros dependentes de programas sociais. “Hoje, 94 milhões de brasileiros recebem algum benefício. Isso não é o futuro de uma nação. O que faz uma nação prosperar é o trabalho decentemente remunerado”, concluiu.




