Cirurgia de separação de gêmeos siameses: Kiraz e Aruna em Goiás

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES) é referência nacional em cirurgia de separação de gêmeos siameses, com um histórico de 22 procedimentos realizados no Hospital Estadual Materno Infantil (HMI) – atual Hospital Estadual da Mulher (Hemu) – e no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Essas cirurgias complexas são realizadas pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que prepara agora as gêmeas Kiraz e Aruna, de um ano, para a próxima etapa.
 
Nesta quinta-feira, 17, as irmãs passaram por uma cirurgia de implantação de expansores de pele no Hecad. A etapa tem a função de estimular o crescimento mais rápido da pele das crianças para que haja tecido suficiente para cobertura dos dois corpos no momento da separação. “Nós implantamos próteses de silicone que funcionam como balões e são gradualmente inflados, esticando a pele para estimular o crescimento do tecido”, afirma o médico.
 
O procedimento foi realizado com sucesso e as irmãs se recuperam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para cuidados adequados. Elas compartilham tórax, abdômen, bacia, fígado, intestino, genitália e ânus. Kiraz e Aruna são do interior de São Paulo e foram trazidas a Goiás pela família em busca da expertise única no país para casos de separação de gêmeos siameses.
 
A primeira cirurgia de separação em Goiás ocorreu em 2000, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve. A literatura médica mundial indica que, dentre os siameses operados, um em cada cinco sobrevive à cirurgia. Em Goiás, esse índice chega a 50%.
 
O tratamento é de longa duração e envolve mais de dez especialidades médicas, como cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, urologia pediátrica, ortopedia pediátrica, cirurgia do aparelho digestivo e hemodinâmica. “É uma intervenção de altíssima complexidade e de longa duração, que contará inclusive com biomodelo em 3D de alta fidelidade e realidade aumentada para que os médicos consigam visualizar de forma precisa a posição dos órgãos, avaliar os riscos e definir como será feita a separação de cada parte do corpo”, contou o diretor-geral do Hecad, Ronny Rezende.
 
A estimativa de custo da assistência oferecida às crianças gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é de mais de R$ 1 milhão. “Ficamos muito felizes em poder oferecer inovação e alta tecnologia em um procedimento que é 100% SUS”, disse Rezende.

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Prefeitura de Goiânia alerta para cuidados que evitam proliferação do mosquito transmissor da dengue durante viagens de fim de ano

Com a chegada do final de ano, muitas famílias começam a planejar suas viagens de férias para aproveitar o verão. Nesse contexto, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), chama a atenção para os cuidados necessários com as residências antes de viajar. São ações simples para evitar que o ambiente se torne um criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Com o aumento das chuvas e o calor do verão, as condições para a proliferação do mosquito Aedes aegypti ficam ainda mais favoráveis. A participação ativa de todos, especialmente durante as férias, é crucial para evitar que as casas se tornem pontos de reprodução do mosquito. A vigilância constante é a chave para garantir que, ao retornarmos de viagem, nossas casas não sejam um risco à saúde”, alerta o gerente de Controle de Animais Sinantrópicos da SMS, Wellington Tristão.

O último Boletim Epidemiológico (49/2024) revelou um aumento nos casos de dengue na capital. Até a semana epidemiológica 49 deste ano, foram registrados 56.562 casos prováveis da doença, representando um aumento de 190,4% em relação a 2023, que contabilizou 20.286 casos.

Durante o ano, os Agentes Comunitários de Endemias (ACE) realizaram mais de 2,5 milhões de visitas domiciliares, além de implementar diversas estratégias de controle, como armadilhas dispersoras, monitoramento de ovitrampas e o programa “Aedes do bem”, que libera mosquitos machos geneticamente modificados para acasalar com as fêmeas, reduzindo a população do mosquito”, explica Wellington.

Cuidados
Antes de viajar, é essencial adotar algumas precauções para evitar que a residência se torne um local propício para a proliferação do mosquito. Confira as orientações:

1) Feche e limpe as caixas d’água, vasos sanitários e piscinas: certifique-se de que estão bem vedados para evitar o acúmulo de água da chuva

2) Coloque terra nos vasos de plantas e flores: dessa forma, você impede que a água da chuva se acumule e sirva como criadouro

3) Esvazie e vire de cabeça para baixo garrafas, recipientes e objetos: verifique se não há acumulação de água em qualquer canto da residência

4) Deixe os latões de lixo sempre tampados e secos: o lixo deve estar bem fechado para evitar o acúmulo de água

5) Mantenha as lajes limpas e desentupidos os pontos de saída de água: isso garante que a água da chuva escoe adequadamente

6) Adicione água sanitária ou outro desinfetante nos ralos e canaletas: ajuda a prevenir o acúmulo de água nestes locais

7) Fure os pneus e guarde-os de forma que não acumulem água: pneus velhos são um dos principais focos de reprodução do mosquito

8) Mantenha os aquários tampados ou telados: assim, você evita que se tornem focos de proliferação.

Wellington destaca que as ações ajudam a evitar que sua casa se torne um ponto de proliferação do Aedes aegypti, prevenindo o surgimento da dengue. “Como o mosquito se reproduz em locais com água parada, muitas vezes em áreas de difícil visualização, como o fundo de vasos de plantas ou o degelo da geladeira, é essencial que os moradores adotem essas precauções antes de viajar”, finaliza o gerente.

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