Cirurgião plástico tem atividades médicas suspensas por causar lesão a paciente em Florianópolis: Justiça determina um ano de afastamento.

Justiça determina suspensão de atividades médicas por 1 ano de cirurgião plástico que causou lesão a paciente em Florianópolis

Marcelo Evandro dos Santos virou réu. Defesa diz que não foi intimada e que só vai se manifestar dentro do processo.

O Poder Judiciário de Santa Catarina afastou o cirurgião plástico Marcelo Evandro dos Santos
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/10/16/quem-e-o-medico-indiciado-por-lesoes-em-procedimentos-esteticos-em-sc.ghtml]
das atividades por um ano. Ele virou réu em um processo acusado de causar lesões gravíssimas a uma paciente
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/10/15/medico-indiciado-lesoes-pacientes-procedimentos-esteticos-florianopolis.ghtml] em Florianópolis.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público de Santa Catarina
(MPSC), que fez a denúncia
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/11/26/mp-denuncia-medico-lesoes-gravissimas-cirurgia-estetica-paciente-florianopolis.ghtml]
contra o médico, na terça-feira (26). A defesa de Marcelo Evandro dos Santos disse que não havia sido intimada até a noite de terça e que só se manifestará dentro do processo.

Conforme a ação penal, o médico fez uma série de procedimentos estéticos em sequência e a cirurgia na vítima durou cerca de 12 horas. Com isso, a paciente apresentou diversas lesões corporais, que evoluíram para necroses em diferentes partes do corpo.

O cirurgião é suspeito ainda de ter lesionado outra 12 mulheres, casos que estão em fase de investigação. O afastamento dele das atividades foi pedido pelo MPSC, que pode solicitar a prorrogação após o fim do prazo de um ano.

Com a suspensão, o médico não pode atender, contatar pacientes ou fazer qualquer atividade ligada ao exercício da medicina, seja em consultório médico particular, ambulatórios ou em postos de saúde. O cirurgião pode recorrer.

A denúncia contra o médico se refere ao inquérito que o havia indiciado por lesões corporais gravíssimas
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/10/15/medico-indiciado-lesoes-pacientes-procedimentos-esteticos-florianopolis.ghtml] contra a neuropsicopedagoga Letícia Mello, que sofreu queimaduras, bolhas, necrose e perda de tecido após passar por 12 cirurgias no mesmo dia.

O documento diz que o médico agiu com dolo eventual porque assumiu o risco de causar as lesões corporais gravíssimas durante as cirurgias. O resultado incluiu perigo de vida e dano estético com deformidade permanente para a vítima.

A lesão corporal grave, prevista no artigo 129 do Código Penal, prevê pena de um a cinco anos de prisão em casos de condenação.

Na esfera cível, o caso também é acompanhado pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital, da área do consumidor, que apura se o médico fazia uso de publicidade enganosa.

Em nota, após ser indiciado, Marcelo disse que sempre priorizou a saúde e o bem-estar dos pacientes, “prestando o atendimento mais personalizado e humano possível” (leia íntegra abaixo).

Com mais de 37 mil seguidores em uma única rede social, Marcelo se descreve como referência
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/10/16/quem-e-o-medico-indiciado-por-lesoes-em-procedimentos-esteticos-em-sc.ghtml]
em procedimentos nas mamas, abdômen e “lipo de definição”. Também diz que já realizou mais de 15 mil procedimentos estéticos.

Além de ser investigado criminalmente em Santa Catarina, o cirurgião responde processos administrativo e civil no estado, e já foi condenado na área civil, anteriormente, ao menos quatro vezes. No caso mais grave, indenizou familiares de uma paciente que morreu após lipoaspiração, em 2021, no Paraná
[https://g1.globo.com/mundo/argentina/cidade/parana-ar.html], onde também atua.

Após os 12 procedimentos estéticos realizados na mesma ocasião, Letícia precisou de 11 dias em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou mais de dois meses internada.

> “Meu corpo começou a criar bolhas, começaram a aparecer umas secreções. Eu comecei a ficar totalmente queimada na barriga, nas pernas, nos braços, foi subindo para os seios e eu fiquei 20 dias ali, praticamente necrosando” contou a vítima.

Após Letícia tornar sua situação pública, inclusive com imagens dos danos causados, a Polícia Civil recebeu mais oito denúncias, ao menos, contra o médico
[https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2024/10/18/policia-cirurgiao-indiciado-procedimentos-esteticos-florianopolis.ghtml]. As apurações sobre cada um dos casos estão em andamento.

Leia abaixo a nota completa do médico Marcelo Evandro dos Santos, divulgada logo após o indiciamento.

Em 23 anos na área da medicina, atuando nas especialidades de cirurgia geral e cirurgia plástica, sempre priorizei a saúde e o bem-estar dos meus pacientes, prestando o atendimento mais personalizado e humano possível, além de seguir e respeitar o Código de Ética Médica e todos os princípios e valores da profissão.

Solicito todos os exames necessários e forneço todas as orientações pré e pós-operatórias, além de estar sempre à disposição dos meus pacientes para atendimento e acompanhamento em casos de eventuais intercorrências. Esclareço que existem reações biológicas inerentes a cada paciente, as quais são informadas em termos de consentimento antes de cada cirurgia.

Como membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Society of Aestgetic Plástico Surgery (ISAPS) e da Associação Brasileira de Cirurgiões Plásticos (BAPS), estou em constante atualização profissional, realizando cursos de qualificação e participando de congressos voltados ao conhecimento e aprimoramento do domínio dos procedimentos em cirurgia plástica. Realizo uma média de 300 cirurgias por ano e, em todas, utilizo as técnicas mais modernas e recomendadas dentro da especialidade.

O Código de Ética Médica veda que o profissional exponha fatos dos quais teve conhecimento em razão de sua função, mesmo que tornados públicos. Além disso, os processos citados nesta matéria encontram-se sob sigilo processual. Por tais razões, minha manifestação sobre cada caso continuará sendo feita nos autos das respectivas ações.

Tenho confiança na ética e no comprometimento com que conduzo o meu trabalho e estou seguro de que todas as acusações serão esclarecidas na justiça.

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CTG Tiarayu vence Desafio Farroupilha com homenagem a João Luiz Corrêa

Com homenagem a João Luiz Corrêa, CTG Tiarayu vence Desafio Farroupilha

Entidade disputou o título com o CTG Rancho da Saudade, de Cachoeirinha. O prêmio é uma tela com a imagem do artista.

Pela segunda vez, o CTG Tiarayu, de Porto Alegre, venceu o Desafio Farroupilha, reality de danças tradicionais gaúchas da RBS TV, com uma homenagem ao cantor João Luiz Corrêa. A entidade disputou o título com o CTG Rancho da Saudade, de Cachoeirinha, que homenageou a dupla César Oliveira & Rogério Melo. Como prêmio, o grupo levou uma tela do artista plástico Mauro Vila Real, com a imagem de João Luiz.

O episódio final da 10ª temporada do especial foi exibido nesta sexta-feira, pelo Jornal do Almoço. No tablado, os dançarinos criaram um “baile” para retratar todas as fases da trajetória do artista, que completou 25 anos de carreira.

Toda a história do artista foi contada: desde os primeiros cachês recebidos, quando “passava o chapéu” para recolher trocados no CTG Marciano Brum, até a escultura em sua homenagem, inaugurada na quinta-feira, em Soledade, recriada no palco através de uma “estátua viva” vivida por um integrante do CTG. O coreógrafo do CTG Tiarayu, Duda Freitas, pensou tudo nos mínimos detalhes, inclusive, na sua própria caracterização.

Na hora em que João Luiz interpretou a si próprio, dançarinos do Tiarayu tiraram pra dançar pessoas previamente convidadas que estavam na plateia, o que transformou a apresentação em um “fandango em Soledade”.

Ao comentar o espetáculo, João Luiz Corrêa não conteve as lágrimas, especialmente ao falar sobre a participação do filho Marcus Vinícius, que viveu o pai em sua juventude, na coreografia.

Na apresentação do CTG Rancho da Saudade, o ponto alto foi o momento em que a esposa de César Oliveira, Roberta Jacinto, “subiu ao céu”, puxada por cabos suspensos no teto do CTG. Ela foi preparada pelo maquiador Magnon Calderon, que a deixou parecida com seu personagem, a mãe de César, que faleceu quando ele tinha 19 anos.

Impossibilitado de comparecer à gravação da final, Rogério Melo participou por vídeo, com sua imagem projetada em um telão, cantando com César. Ele foi lembrado na representação da banda de sua escola, levada ao tablado pelos dançarinos. Ambas as apresentações foram magníficas e dividiram os jurados. Kelly Matos e Paulinho Mixaria concluíram por empate: votaram em ambos os times, enquanto que Cristiano Quevedo, Ignácio Luz e Isabella Nunes optaram pelo CTG Tiarayu.

A entidade da Capital também levou os pontos por ter a maior torcida nas Cavalgadas do Bem e por ter vencido a votação popular por 36 votos. A enquete teve, no total, mais de 60 mil votos. Parabéns, Tiarayu!

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