Cliente pede bolo de graça para confeiteira, ao ser negado a xinga: “mão de vaca”

Cliente pede bolo de graça para confeiteira, ao ser negado a xinga: “mão de vaca”

Uma doceira recusou fazer um bolo de 3kg para cliente de forma gratuita sob a justificativa de ser nova na área de doces. Diante da recusa, Dayane Silva foi chamada de “mão de vaca” pela mulher. Ao compartilhar a situação inusitada nas redes sociais, internautas se revoltaram e apoiaram a confeitaria.

“Me senti desvalorizada. Pelo fato de estar iniciando, a pessoa me propor a fazer um trabalho de graça. Mas depois eu ri bastante da situação e decidi postar nas redes sociais”, disse Dayane em entrevista ao Popular.

Bolo de graça

O pedido foi realizado na última segunda-feira, 24. A cliente achou o perfil de Dayane através da internet e disse que queria um bolo de 3kg para o dia seguinte. Na mensagem de texto, a freguês explica que já havia gastado dinheiro com na decoração da festa e, por isso, não queria mais gastar com bolo.

“A parte do valor que é a condição. Eu vi que você está começando agora e queria te propor a fazer ele pra mim de graça. É bom que você teria fotos [ do bolo ] pra postar no seu perfil. […] Como você está no início, acho que seria uma boa pra você poder treinar”, escreveu a cliente.

Em resposta, Dayane negou a proposta e explicou à cliente que, apesar de ela estar começando, a produção dos doces demandava custo que ela precisava pagar como, água, energia, e tempo. “Infelizmente não vou poder fazer, dessa forma não”, disse.

Em insistência, a cliente rebateu que seria “só um bolo, nem vai custar tão caro”, afirmou. Em resposta, Dayane retrucou: “Se acha baratinho então paga, ué”.

Com isso, a cliente se revoltou com a confeiteira. “Tudo bem então, mão de vaca. Desse jeito ninguém nunca vai comprar nada de você. Vou ver com outra que faça. Quem perde é você. Passar bem”.

Amor por doces

Dayane Silva, de 29 anos, possui uma paixão enorme por doces. Quando ela e o marido decidiram começar a vida do zero em Anápolis, região central de Goiás, a oportunidade de ganhar dinheiro foi através da venda de doces e bolos. Segundo ela, já é profissionalizada na área e ainda enfrenta dias inteiros tentando vender os produtos na rua.

Dias depois da proposta, a jovem decidiu compartilhar a conversa nas redes sociais em uma trend chamada “clientes sem noção”. Atualmente, o vídeo já ultrapassou as 70 mil visualizações. O apoio não ficou somente nas mensagens. De acordo com a confeiteira, muitas pessoas começaram a encomendar bolos e doces.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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