Clima: Governo Federal decreta estado de emergência em 36 cidades

emergência

O governo federal decretou, nesta quarta-feira, 29, um estado de emergência em 36 cidades devido ao risco de chuvas intensas, seca e enxurradas, elevando para mais de 900 o número total de municípios em situação de emergência ou calamidade pública devido a eventos climáticos. Essas informações são provenientes do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

Segundo um levantamento realizado por VEJA com dados federais, pelo menos 930 municípios recebem recursos da União para lidar com desastres causados por diferentes fenômenos climáticos. As cidades adicionadas hoje estão distribuídas em estados como Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A declaração de estados de emergência e calamidade pública permite que prefeituras e estados solicitem auxílio federal para a reconstrução de áreas afetadas por catástrofes, abrangendo socorro a vítimas, apoio a serviços essenciais, benefícios previdenciários, redução de impostos e autorização temporária para contratação de empresas sem licitação.

Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo de chuvas intensas no Sudeste, incluindo riscos como alagamentos, raios, ventos entre 60 e 100 quilômetros por hora, quedas de árvores e falta de energia elétrica. Este alerta abrange 522 municípios, com a maioria localizada no Centro-Sul de Minas Gerais, Nordeste do Rio de Janeiro e Norte de São Paulo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp