Clínica condenada por erro em ultrassom que diagnosticou morte de feto

Uma clínica particular foi condenada pela Justiça de Florianópolis após constatar incorretamente a morte de um feto. Cabe recurso. A gestante descobriu que o diagnóstico estava incorreto ao procurar o hospital já para fazer uma curetagem – procedimento cirúrgico feito dentro do útero. Por cautela, um novo exame foi realizado antes do procedimento, e indicou que o bebê estava vivo. A criança nasceu em 2019.

O caso foi divulgado pelo Poder Judiciário de Santa Catarina na quinta-feira (12). O processo está em segredo e o nome da clínica não foi divulgado. Pela decisão, a mãe que entrou com o processo deve receber R$ 15 por danos morais.

O erro ocorreu em um exame de ultrassonografia. Diante do resultado, a clínica indicou que a mãe fizesse um aborto. Dez dias após receber o laudo equivocado, a gestante, ainda abalada pela suposta perda, procurou um hospital para realizar o procedimento de curetagem. Por cautela, os médicos do hospital decidiram realizar uma ressonância magnética antes do procedimento, já que a mulher não apresentava sintomas típicos de aborto, como sangramentos ou perda de líquidos. O novo exame revelou que o feto estava vivo, com batimentos cardíacos normais. O bebê nasceu saudável em 7 de abril de 2019, por parto normal.

“Gestação é um período de profundas transformações físicas e emocionais. O diagnóstico equivocado, que concluiu pela morte do feto, destruiu os sentimentos maternais que afloravam na autora, causando o dano reparado nesta ação”, destacou o magistrado na sentença. O juiz responsável pela decisão observou que o erro poderia ter sido evitado se o médico responsável pelo exame inicial tivesse informado que o resultado não era conclusivo ou que necessitava de exames complementares. “Foge ao bom senso considerar correto um parecer médico baseado em um único exame, sem maiores detalhes, e que atesta de forma absoluta a ocorrência de óbito fetal”, concluiu o juiz.

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Edifício é interditado após queda fatal de engenheiro em Santa Maria

O Corpo de Bombeiros de Santa Maria interditou as sacadas de um edifício após o trágico acidente que resultou na morte do engenheiro Gabriel Scapin, de 26 anos. O jovem caiu do quinto andar de uma das estruturas durante uma festa na cidade. A Polícia Civil está tratando o caso como um acidente, que ocorreu no último sábado. Uma vistoria foi realizada no local na terça-feira para avaliar a situação e garantir a segurança dos moradores.

Segundo informações dos bombeiros, as sacadas foram interditadas e o acesso está proibido até que um laudo de segurança estrutural seja apresentado pelo condomínio. Além disso, o proprietário do prédio recebeu uma multa por falta de brigada de incêndio. O plano de prevenção contra incêndio estava desatualizado e o alvará vencido, o que contribuiu para a interdição das sacadas.

A Polícia Civil está investigando o caso e apurando as circunstâncias da queda de Gabriel Scapin. O jovem estava participando de uma confraternização na casa de amigos quando o acidente ocorreu. Ele escorava em uma mureta de madeira na sacada e, infelizmente, a estrutura cedeu, resultando na sua queda fatal. O Samu foi acionado, mas apenas pôde constatar o óbito.

Gabriel Scapin era formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Santa Maria e trabalhava remotamente para uma empresa em Florianópolis. Ele morava na cidade com o irmão e seu velório e enterro aconteceram em Frederico Westphalen, onde foi sepultado no Cemitério Municipal. O jovem era reconhecido pela sua dedicação à profissão e seu carinho pelos amigos e família.

O edifício onde ocorreu o acidente é agora alvo de investigações e medidas corretivas para garantir a segurança dos demais moradores. A tragédia deixou a comunidade de Santa Maria consternada com a perda de um jovem tão talentoso. A interdição das sacadas é uma precaução necessária para evitar que novos acidentes ocorram no local e para que a justiça seja feita em relação ao acontecido.

A comoção pela morte de Gabriel Scapin se espalhou pela cidade e a família e amigos enlutados buscam respostas sobre o que levou ao trágico acidente. Enquanto as investigações prosseguem, a memória do jovem engenheiro é honrada por todos que o conheceram e desfrutaram de sua companhia. Que a justiça seja feita e que medidas de segurança sejam implementadas para evitar que casos como este se repitam.

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