Uma clínica de estética situada em Campo Grande foi alvo de uma operação conjunta entre agentes da Decon e fiscais da Vigilância Sanitária do Rio, resultando na interdição do estabelecimento e na prisão em flagrante da dona. A ação foi desencadeada após denúncia recebida pela Central 1746, relatando a aplicação de canetas emagrecedoras sem prescrição médica, incluindo um produto irregular denominado Mounjaro, ou tirzepatida.

Vanessa Calinca dos Santos, a proprietária da clínica, foi presa nas dependências do estabelecimento e os produtos irregulares foram apreendidos pelas autoridades competentes. A TV Globo tentou contato com a defesa de Vanessa e com a clínica, porém não obteve retorno. Além da aplicação ilegal de substâncias para emagrecimento, os fiscais encontraram medicamentos controlados sem registro na Anvisa e realização de serviços como manicure sem os devidos cuidados sanitários.

Entre os medicamentos apreendidos estava o Mounjaro, uma substância de venda controlada utilizada no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. A Anvisa ressalta que a utilização desse produto sem prescrição médica representa um risco à saúde pública e é proibida. A aplicação, venda ou divulgação de medicamentos fora dos canais autorizados configura crime contra a saúde pública, sujeito a sanções severas tanto criminais quanto administrativas.

Além dos produtos irregulares, os agentes também identificaram a ausência de equipamentos como autoclave e caixa coletora para materiais perfurocortantes, o que representa um grande risco à saúde dos clientes. A falta de registro na Anvisa dos medicamentos utilizados na clínica também alerta para a falta de cuidado e transparência por parte da proprietária. A interdição do estabelecimento e a prisão da dona servem como um alerta sobre a importância da regulamentação e do acompanhamento médico adequado em procedimentos estéticos.