Clínica de estética no Rio é interditada após morte de jovem; responsáveis são presas

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Responsáveis pela clínica de estética onde jovem morreu são presas no Rio; local foi interditado

Familiares de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, falam em negligência médica. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande aponta que a morte da jovem foi motivada por uma “ação perfuro contundente” e hemorragia interna. A Polícia Civil investiga o caso e Cremerj abriu sindicância.

Polícia investiga morte de jovem após procedimento estético em clínica do Rio Polícia investiga morte de jovem após procedimento estético em clínica do Rio

Duas responsáveis pela clínica Amacor, que fica em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foram presas nesta quarta-feira (10). Agentes da Polícia Civil encontraram muitos remédios vencidos no centro cirúrgico, na farmácia da clínica e no carrinho de parada cardíaca, que estava no local onde a jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, morreu.

As presas, que são gerentes do estabelecimento, foram presas em flagrante por isso. Elas serão encaminhadas para o sistema prisional. A clínica foi interditada. O material foi apreendido e passará por perícia.

O Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou que abriu uma sindicância para investigar a morte da jovem.

Marilha morreu tarde de segunda-feira (8), horas após dar entrada na unidade de saúde.

Familiares da jovem afirmam que a clínica não contava com equipamentos adequados para casos de emergência e acusam a equipe médica de negligência. A unidade de saúde nega (veja nota abaixo).

“Perguntei se alguém estava passando mal, mas ninguém respondia. Subi ao centro cirúrgico e vi o médico tentando reanimar minha irmã. Questionei o que ele precisava e ele disse que era oxigênio”, contou a atendente de uma locadora de carro, Lea Carolina Menezes Antunes, irmã de Marilha.

> “Liguei para o Samu e, em seguida, a Polícia Militar, porque o médico não explicava o que havia acontecido. Foram 90 minutos tentando reanimar a minha irmã”, acrescentou.

Marilha Menezes Antunes era técnica de segurança do trabalho em uma companhia aérea — Foto: Divulgação

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Parte do procedimento de tentativa de reanimação foi gravado por Lea Carolina.

O Samu informou que foi acionado às 18h13 para atender a ocorrência no hospital. Apesar das manobras, Marilha não resistiu.

> “Minha irmã era vida. Levei ela para realizar um sonho e ela morreu”, lamentou Lea.

LIPOASPIRAÇÃO COM ENXERTO NOS GLÚTEOS

Marilha Menezes tinha 28 anos — Foto: Reprodução/TV Globo

Marilha Menezes teria passado por uma lipoaspiração com enxerto nos glúteos. Familiares afirmam que ela era saudável e havia feito todos os exames exigidos para o procedimento. O procedimento teria custado aproximadamente R$ 5 mil.

O laudo preliminar do Instituto Médico-Legal (IML) de Campo Grande aponta que a morte da jovem foi motivada por uma “ação perfuro contundente” e hemorragia interna.

Marilha sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Ela deixa um filho de 6 anos.

O velório e o enterro da jovem acontece nesta quarta (10), no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.

A clínica Amacor informou que o centro cirúrgico conta com todos os equipamentos necessários para emergências cardiovasculares e respiratórias, como desfibrilador bifásico e carrinho de parada cardiorrespiratória completo, e que as manobras de ressuscitação foram iniciadas imediatamente, conforme os protocolos do Advanced Cardiac Life Support (ACLS).

Além disso,, a clínica disse que “lamenta profundamente o ocorrido e está colaborando integralmente com as autoridades competentes. Em respeito às investigações em andamento e à privacidade dos envolvidos, não iremos comentar os detalhes do caso neste momento.”

Marilha Menezes tinha 28 anos — Foto: Reprodução/TV Globo

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