Última atualização 05/04/2018 | 19:43
A fiscalização constatou ainda a falta de placas ou cartazes contendo informações ou orientações sobre os procedimentos a serem adotados para a organização e controle de chegada, para compra, reserva e administração da vacina
Após a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informar o adiamento da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que passou do dia 16 para o dia 23 de abril, várias pessoas tem recorrido as clínicas particulares de Goiânia. E pela grande procura por imunização contra o vírus H1N1, a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás (Procon), fiscalizou um estabelecimento nesta quarta-feira (4), após denúncias relacionadas ao atendimento de consumidores.
Segundo o Procon Goiás, a Clínica de Vacinas Santa Clara, que fica no interior de um shopping no Setor Marista, apresentou desorganização por parte dos administradores, o que acabou gerando longas filas, demora no atendimento e tumulto. A fiscalização constatou ainda a falta de placas ou cartazes contendo informações ou orientações sobre os procedimentos a serem adotados para a organização e controle de chegada, para compra, reserva e administração da vacina.
Entre os problemas o Procon também ressaltou que não havia controle de atendimento por meio de senha com data, horário de chegada e identificação da empresa para ordenar o fluxo e impedir falsificações. A clínica também não estava entregando cupom ou nota fiscal para comprovar a venda das doses. A partir desses problemas encontrados, a clínica será autuada por má prestação de serviço e responderá a um processo administrativo no Procon Goiás. A empresa tem o prazo de dez dias para apresentar defesa.
A Clínica de Vacinas Santa Clara, informou por nota que para melhorar a organização, os diretores de operação se reuniram e fizeram as adequações exigidas pelo Procon Goiás. Para ter mais organização, agora estão sendo distribuídas somente 500 senhas por dia. Os cartazes contendo as informações e orientações foram instalados para instruir os consumidores. Foi divulgado também uma nota sobre a alta demanda por vacinação contra H1N1, em que afirmam que por conta da grande procura por imunização contra o vírus é natural que, pela lei da oferta e procura, formem-se filas em busca da vacinação em clínicas da rede particular e órgãos públicos. Com isso o órgão tem como esclarecimento de que a imunização é um serviço de confiança entre paciente e fornecedor.
Ainda segundo o Procon, as clínicas não comercializam a vacina, mas prestam serviço de imunização. Dessa forma, a vacina é parte dos insumos utilizados para a prestação do serviço, considerando ainda as condições rígidas de refrigeração do produto, profissionais treinados e capacitados e, inclusive, o pronto atendimento em caso de reação e de efeitos colaterais à vacinação. E que todos esses custos são utilizados na definição do preço final na prestação do serviço e serão avaliados para a verificação de possível prática de preços abusivos.