Clínicas são fechadas por aplicar produtos estéticos vencidos em clientes

Um casal de empresários foi alvo de uma operação nesta quarta-feira, 15, em Valparaíso, após serem denunciados por uma ex-funcionária por estarem aplicando produtos vencidos há mais de um ano em clientes que frequentavam as duas clínicas dos suspeitos. Os estabelecimentos foram interditados, sendo que uma das clínicas não possuía alvará de funcionamento. 

Os crimes, segundo a delegada Samya Nogueira, eram praticados em uma clínica de estética, enquanto os produtos vencidos e reutilizados eram armazenados em uma clínica médica. O objetivo de armazenar os produtos em um local diferente era dificultar a fiscalização, pois o outro estabelecimento era utilizado apenas para serviços de saúde e imagem.

“A clínica trabalhava com aplicação de enzimas, empolas e produtos dermatológicos vencidos, sem que os consumidores soubessem. Durante as buscas, encontramos um depósito de lixo estético onde haviam ampolas com datas vencidas de 2021, sendo que algumas nem data de validade tinham”, explicou.

Anabolizantes 

Ainda de acordo com a delegada, também foram encontrados anabolizantes na clínica onde os produtos eram aplicados. Porém, uma das funcionárias afirmou que os produtos pertenciam a ela e que eram de uso pessoal.

A investigadora diz ainda que algumas ampolas de botox vencidas foram encontradas na clínica de saúde, sendo armazenadas de forma insalubre. Os produtos estavam dentro de um frigobar, dividindo espaço com alimentos. 

“A dona da clínica falou que era de uso particular dele e que não tinha a intenção de usar em clientes. Dentro da mesma clínica, contavam vários depósitos com cremes vencidos e lacrados, mas a quantidade era muito grande para uma só pessoa usar”, contou.

O casal foi conduzido à delegacia e liberado em seguida, conforme Samya. Ela diz que eles não foram presos em flagrante porque não conseguiram lavrar o flagrante, visto que não tinham clientes no local e os produtos não estavam anunciados para venda. 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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