No dia 1° de abril, o Clube de Caça e Tiro Hunter estava ministrando aulas de airsoft, um tipo de arma de pressão, para crianças. Segundo promotora do caso que ocorreu em Jataí, na região sudoeste do estado de Goiás, o estabelecimento não deveria estar ensinando menores de idade a atirar “de forma alguma”, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Clube de tiro em Jataí
Em meio à onda de ataques e ameaças de massacre em escolas, o Clube de Caça e Tiro Hunter, em Jataí, publicou fotos de crianças em um curso de manuseio de airsoft. O “Projeto Hunter Atirador Mirim” teve a sua aplicação para ao menos 15 crianças. Em uma das imagens, é possível ver os menores com um certificado de conclusão do curso.
O local pode sofrer com medidas administrativas, apesar de não se configurar crime. De acordo com Patrícia Galvão, promotora da Infância e Juventude de Jataí, o clube de tiro desrespeitou as regras do ECA.
“Um curso de tiro, formação em tiro, é algo que vai de encontro com esse princípio da integral proteção. Então, apesar de não ser uma arma de fogo, ela está sendo utilizada para o curso de formação e tiro. O menor de 14 anos, em nenhuma hipótese, pode passar por um tipo de curso de tiro”, afirma.
As aulas foram suspensas por tempo indeterminado. O clube se manifestou, retirando todas as postagens, e se defendeu dizendo que o ambiente era seguro e saudável.