A Promotora Leila Maria de Oliveira reuniu-se na manhã de hoje (11) com o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Fernando Meirelles. O objetivo do encontro foi discutir as medidas que estão sendo implantadas pela companhia, que visam cumprir recomendação feita pelo Ministério Público no último dia 3.
“Essa não foi a primeira reunião e não será a última”, destaca a promotora. Após o encontro de três horas, o presidente da Companhia apresentou dados sobre os itinerários, para que ambos possam traçar um plano de ação e desafogar as linhas em horário de pico. “Há a necessidade de uma força-tarefa entre o Ministério Público e a CMTC”, pontua o presidente. Com o levantamento, a expectativa é que haja uma nova reunião, desta vez com a presença das empresas, para que as concessionárias sejam cobradas.
Fernando Meireles alegou que esteve em terminais de Goiânia desde quinta-feira para constatar os problemas. Segundo ele, 44 ônibus foram disponibilizados para desafogar linhas, apesar da recomendação do MP pedir pelo menos 160 veículos. Os terminais também receberam 104 novos organizadores de fila, com jaleco e boné para identificação.
Sobre um possível pedido de rompimento da licitação, Leila Maria afirmou que já possui quatro ações judiciais nesse sentido e aguarda a manifestação do Judiciário. Já o presidente da CMTC afirmou que a companhia está focada em resolver os problemas emergenciais do transporte coletivo goianiense. “Não estamos pensando na empresa A,B ou C, nem em contrato, e sim no usuário e dar resposta à população”, declara.
Uma nova reunião entre CMTC e MP já está marcada para a próxima segunda-feira.
Reajuste
Entre os critérios estabelecidos pelo Ministério Público de Goiás para o aumento da passagem estão o aumento de ônibus nos horários de pico (das 5h às 8h e das 17h às 20h), maior segurança para os passageiros, organização de filas e o prazo de 90 para a aquisição de novos ônibus.
Fernando Meirelles garantiu que o aumento não será levado à apreciação até que as adequações sejam cumpridas pelas empresas concessionárias. “O reajuste só vai ser discutido mediante cumprimento dos ajustes contratuais, onde o usuário tem que ser beneficiado com a melhoria do transporte”, concluiu Fernando Meirelles.