CMTC faz relatório sobre situação dos pontos de ônibus de Aparecida de Goiânia

A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivos (CMTC) deve enviar, em 15 dias, um relatório à Prefeitura de Aparecida de Goiânia contendo o levantamento de todos os abrigos de ônibus instalados na cidade. O documento, inclusive, deve conter as características dos pontos de espera, conforme o Ministério Público (MP). Entre as informações a serem apresentadas estão:

  • pontos sem abrigo (apenas sinalizados);
  • pontos com abrigos de concreto;
  • pontos com abrigos de ferro;
  • pontos desativados (onde não existem mais linhas no trajeto que estão localizados).

O relatório deverá conter ainda a indicação dos endereços completos dos pontos de ônibus instalados em todo o município. O anúncio foi realizado pelo órgão neste terça-feira, 15, após uma reunião com representantes do município, da CMTC e da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) para a definição de medidas emergenciais em relação à implantação e manutenção dos pontos de ônibus na cidade. 

A reunião, coordenada pelo promotor de Justiça Paulo Ricardo Gontijo Loyola, titular da 14ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, conseguiu definir algumas tarefas que serão assumidas inicialmente pelo município e a CMTC. 

No entanto, a intenção é de que um termo de ajuste de conduta seja firmado com os entes envolvidos para uma solução mais ampla e que inclua também as situações não emergenciais relativas à estrutura física, acessibilidade e iluminação dos abrigos de ônibus. 

“Há um consenso de que algo precisa ser feito. Por isso, será necessário um esforço conjunto para resolver a questão e aperfeiçoar a prestação desse serviço público”, afirmou o promotor.

Denúncias 

Ainda de acordo com o MP, a cidade deve continuar a retirada dos pontos de ônibus com estruturas danificadas e com risco de desabamento. Também enviará, semanalmente ao MP, um relatório descrevendo os abrigos de ônibus já removidos e também os identificados para a retirada imediata.

De acordo com o superintendente de Defesa Civil, Sebastião de Oliveira Souza, após o acidente ocorrido na semana passada, que ocasionou na morte de um ajudante de pedreiro esmagado por um ponto de ônibus, o município já removeu 10 pontos que ofereciam riscos à população. Ele citou que outros 80 estão sendo analisados e podem estar com a estrutura comprometida.

O município manterá ainda um canal de comunicação com o cidadão, no qual será possível informar eventuais ocorrências de abrigos danificados ou com riscos de desabamento, por meio do telefone (62) 3545-6041 – ligação e WhatsApp. 

Em reunião agendada para o dia 11 de abril, às 15 horas, o município e a CMCT deverão apresentar, após prévia reunião entre os órgãos, as possíveis resoluções de questões referentes à manutenção e implementação dos abrigos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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