CNH pode custar até R$ 2,2 Mil em 2018

Obrigatoriedade do uso de simuladores de direção veicular deve aumentar o custo dos processos de obtenção de CNH em 2018

A obrigatoriedade do uso de simuladores de direção veicular para CNH vai aumentar, em pelo menos, R$ 350,00 o custo dos processos de obtenção da habilitação a partir do dia 8 de janeiro de 2018. De acordo com o deputado estadual Charles Bento (PRTB), com o novo sistema, o candidato deverá fazer um investimento que gira em torno de R$ 1.700,00 reais a R$ 2.200,00, dependendo das categorias incluídas no processo, que abrange aulas teóricas e práticas de volante, além das taxas pagas ao Detran e dos exames médico e psicológico.

Segundo Charles Bento, deputado representante da categoria na Assembleia Legislativa de Goiás, o uso de simuladores de direção veicular, além de onerar os processos para a retirada da habilitação, prejudicará a qualidade do aprendizado dos candidatos em formação nas autoescolas. “Tentamos evitar essa obrigatoriedade, mas a liminar foi suspensa e as autoescolas terão que adquirir os simuladores e o a população vai, mais uma vez, ajudar a pagar esta conta”.

A previsão é que 170 simuladores sejam instalados para atender a demanda do Estado. “O simulador é um aparelho que tem funcionamento semelhante a uma máquina Fliperama”, compara o parlamentar. “A aprendizagem simulada retira horas de prática em veículo real, que é o que efetivamente garante uma aprendizagem de verdade”, observa.

Patrícia Santana

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp