CNJ determina inspeção em unidades prisionais de Goiás

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O Conselho Nacional Justiça (CNJ) determinou uma inspeção em unidades prisionais de Goiás após a decisão do relatório do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas ter apontado indícios de graves irregularidades, por meio de infrações de normas internacionais e nacionais aplicáveis  

 

A portaria foi assinada pela ministra e presidente do CNJ, Rosa Weber, e pelo o ministro e corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Juntos, criaram um grupo de trabalho com 22 juízes, um conselheiro do CNJ e 27 assessores de magistrados. A inspeção está prevista para acontecer entre os dias 29 de maio a 2 de junho, quando também vai ser analisado o funcionamento dos sistemas informatizados de tramitação de processos criminais e de execução penal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

 

Também foi determinado pela portaria que um ofício seja enviado ao governo e à Assembleia Legislativa comunicando sobre a inspeção. Da mesma forma que deve ser enviado um convite para acompanhar a vistoria ao Ministério Público Federal e Estadual, a Ordem dos Advogados do Brasil Nacional e a Seção Goiás, ao Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e ao Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura em Goiás e ao Tribunal de Justiça. Segundo o CNJ, o processo é sigiloso e a comissão vai divulgar um relatório depois da inspeção.

 

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que foi notificada sobre as inspeções para esclarecer eventuais questionamentos e que prepara segurança total para a entrada dos integrantes do CNJ.

 

O TJ-GO disse que recebe com tranquilidade a visita do Conselho Nacional de Justiça em Goiás e que o trabalho é produtivo e positivo porque ajuda a melhorar a atuação do Poder Judiciário.

 

Relato do Caiado

O governador do estado, Ronaldo Caiado disse, durante uma coletiva, que, na realidade, o CNJ não fará uma “inspeção”, mas que “virá para aprender como é que se faz e como é que avançou, em Goiás, em tão pouco tempo a melhoria dos presídios do Estado.”

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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