Coaf aponta suspeita de elo entre fintech de policial e grupos terroristas

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Coaf vê suspeita de elo entre fintech de policial e grupos terroristas

Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou suspeita de elo de
fintech de policial com alerta de Israel

São Paulo — O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou a suspeita de envolvimento do 2Go Bank,
fintech do policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior com carteiras de criptomoedas de organizações terroristas.

O relatório do órgão de inteligência financeira abasteceu a Operação Hydra deflagrada nesta terça-feira (25/2) com o objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação da Polícia Federal e do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (MPSP) levou Cyllas à prisão.

Segundo o pedido de prisão contra o policial civil, entre as comunicações de operações suspeitas de lavagem de dinheiro ligadas a ele, está um alerta sobre “eventual participação da fintech em transações financeiras com organizações terroristas por meio de criptomoedas, demonstrando como a empresa proporciona condições apropriadas para a movimentação dos recursos das mais variadas origens ilícitas”.

Segundo a investigação, o Banco Topázio informou que o Ministério da Defesa de Israel emitiu um comunicado sobre a existência de carteiras de ativos digitais e contas digitais mantidas na Exchange Binance — uma das principais plataformas de criptomoedas do mundo — que seriam operacionalizadas para movimentação de criptomoedas com fins de perpetração de crimes de terrorismo.

A investigação, que mira na atuação das fintechs 2GO Bank e Invbank, foi iniciada a partir da delação de Vinicius Gritzbach. O policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, fundador e CEO da fintech 2GO Bank, foi preso durante a operação. A Operação Hydra tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa.

O MPSP afirmou que o banco, então, “se utilizou de sua ferramenta de monitoramento de transações em criptoativos, identificando transações entre wallets de Exchanges que são clientes do Banco Topázio e as carteiras digitais (wallets) elencadas no comunicado”.

Após o cruzamento de dados, o banco concluiu que: “Há relação entre os ativos virtuais adquiridos pelos clientes do Banco Topázio no exterior com recursos enviados por meio de operações de câmbio com as wallets listadas no comunicado emitido pelo Ministério da Defesa Israelense”, afirmou o MPSP.

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