Coaf detecta transação bancária de R$ 20 mil de joalheiro de Goiânia para Cid

Coaf detecta transação bancária de R$ 20 mil de joalheiro de Goiânia para Cid

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou uma transação envolvendo um ouvires de Goiânia e o tenente-coronel Mauro Cid, que seria ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL). Ao jornal O Globo, o ourives Heitor Garcia Cunha afirmou que não conhece Cid, mas a Coaf identificou uma transferência de R$ 20.520 feita ao militar em 2022, sem especificação de data.

O ourives em questão é proprietário de um estande no Hipercamelódromo OK, na capital goiana. O local é especializado no comércio de dispositivos eletrônicos. Heitor também exerce atividades em uma joalheria de Goiânia.

Ao ser questionado pelo jornal, o ourives afirmou não conhecer Cid e que possa ter prestado algum serviço. “Eu nem conheço essa pessoa. Pode ser que, em algum negócio que eu tenha feito me passaram os dados dele para eu fazer o depósito. […] Ontem eu vi o nome da pessoa na imprensa e relacionei ao depósito. Eu sou um comerciante. É uma movimentação normal minha. Sou joalheiro também”, relatou.

Solicitada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), a quebra de sigilo bancário do ourives foi autorizada.

Investigação

Mauro Cid segue sob investigação da Polícia Federal (PF) por suspeita de desvio de joias e relógios recebidos pela Presidência da República, quando esta possuía Jair Bolsonaro como Chefe do Executivo, durante viagens oficiais.

Os itens em questão deveriam integrar o acervo patrimonial da União, mas, segundo a PF, contribuiu apenas para o “enriquecimento ilícito” do grupo investigado.

Cid está preso preventivamente desde maio devido a uma segunda investigação para apurar possíveis irregularidades no que se refere aos cartões de vacinação, tanto dele quanto de Bolsonaro, além de seus respectivos familiares.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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