Cobertura de Influenza em Goiânia segue em ritmo lento e frio pode aumentar casos

Secretaria de Saúde confirma quarta morte por influenza em Goiás

As temperaturas baixaram e o risco de doenças gripais aumenta. Em Goiânia, o alerta vermelho está ligado para o ritmo lento de vacinação de Influenza. A campanha alcançou cobertura de apenas 28,6% do público-alvo em duas semanas de lançamento, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Para alcançar a meta, a média deveria ser de 20% por semana.

De acordo com o infectologista Marcelo Daher, o frio pode ajudar a disseminação da Influenza. O ápice da queda da temperatura no Estado será entre os dias 16 e 22 deste mês com previsão de geadas e temperaturas abaixo de zero. Ele chama atenção para a baixa cobertura vacinal em nível nacional e alerta que a dose reduz as chances de gravidade da doença. Por isso, ele reforça a necessidade de as pessoas tomarem a vacina.

“Já temos mais casos e óbitos de gripe em 2022, comparando com 2021. Quem se vacinou no final do ano passado e no início deste deve ser novamente imunizado porque a composição dela contra o vírus em circulação é por temporada e não por tempo. Tendo 30 dias da última dose, ela pode e deve se vacinar mais uma vez”, afirma o especialista.

Ele destaca que a ampliação do número de pessoas vacinadas freia a circulação do vírus, o que resulta em menos doentes. Daher lembra que a dose aplicada na rede pública é exclusiva para o público elegível, mas o imunizante está disponível também na rede privada para quem não se encaixa do alvo da campanha. Lançada em 02 de maio, a vacinação contra influenza segue até 03 de junho para uma série de categorias.  Após essa data, o Ministério da Saúde deve liberar o restante das doses para à população em geral.

Podem se vacinar, crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos que precisam apresentar comprovante do problema de saúde, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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